segunda-feira, 30 de novembro de 2009

MEGA CAMPANHA DE NATAL DA ADVERJ - Inscrições até sexta!

A Associação dos Deficientes Visuais do Estado do Rio de Janeiro - ADVERJ promove uma campanha de doação de alimentos neste período natalino. Tal ato conta com o apoio da Rádio Globo e dos Supermercados Mundial e com a logística de transporte e armazenamento da Subsecretaria de Segurança Alimentar de Niterói.

Os interessados (deficientes visuais) devem ligar para 2233-1146 ou encaminhar email para adverj84@yahoo.com.br no período de 30/11/09 a 04/12/09 para se cadastrarem. Posteriormente, a ADVERJ informará o local e horário de distribuição dos alimentos.

A ADVERJ, entidade associativa que tem por missão principal a defesa dos direitos das pessoas com deficiência visual, também se preocupa com a segurança alimentar do segmento fechando assim o ano de 2009 com chave de ouro.

O horário de atendimento para o cadastro é das 11h às 16h.

Jovem deficiente é barrado pelo Enem

29/10/2009 12:50 - Juliana Franzon

Após cursar o técnico de informática e os ensinos fundamental e médio utilizando um computador adaptado como meio de comunicação, o programador Guilherme Finotti, 17 anos, portador de paralisia cerebral, está impedido de usar o equipamento na prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

Com a intenção de prestar vestibular no final do ano, a não realização da prova impedirá o jovem de pleitear vaga nas universidades que adotarem o exame como ferramenta de seleção, além de acabar com a chance de concessão de bolsa de estudos.

Desde maio, a mãe de Guilherme, Eunice Finotti, está tentando a inclusão do filho na prova, porém a última resposta que obteve do Inep (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) é de que apenas poderiam ser disponibilizados recursos como auxílio de fonoaudióloga para transcrição e uma hora a mais de tempo, não sendo possível o uso de equipamentos eletrônicos.

Segundo a professora do laboratório de inclusão e ergonomia da Feevale, Regina de Oliveira Heidrich, que desenvolveu as adaptações no computador e trabalha com o
jovem desde 1998, a proposta de acompanhamento de uma fonoaudióloga demonstra a ignorância em relação a um problema de comunicação de um paralisado cerebral.


Embora tenha o cognitivo totalmente preservado, o Guilherme não fala nem caminha, e apresenta movimentos involuntários. Trabalho com ele desde que tinha cinco anos e ainda tenho dificuldades de entender o que tenta falar. Estão identificando fraude quando o que queremos é apenas um computador que tenha a prova do Enem e um editor de texto Regina analisa.

Em relação à proibição de utilizar o computador na prova, Finotti escreveu que se sente como um cidadão digno sem direito de crescer na vida. "Sou jovem e quero fazer o Enem com o meu lápis, que é o meu computador. Estou sendo tratado como se apenas quisesse brincar no exameâ€�, enfatizou.

As adaptações consistem em um mouse especial e uma máscara do teclado, denominada colméia. Através delas são reduzidas as dificuldades de coordenação motora, como o fato de esbarrar nas teclas devido aos movimentos involuntários. O rapaz começou a utilizar o equipamento ainda na pré-escola, quando a professora Regina tomou conhecimento do caso.

“Após retornar de um mestrado em São Paulo, onde trabalhei com crianças da Apae, estava disposta a realizar a pesquisa do doutorado nesta área. Fui apresentada ao Guilherme, realizei alguns testes e constatei que realmente o intelecto não havia sofrido danos. Fiz alguns aprimoramentos na colméia do teclado, ele passou a freqüentar a escola com o auxílio do computador e desde então acompanho o seu desenvolvimento. É um aluno inteligente, com notas acima da média do restante da turma, destaca Regina.

Tanto o curso técnico como os ensinos médio e fundamental foram cursados em escola inclusivas,com alunos com e sem necessidades especiais. Nunca senti preconceitos, mas isso é algo que não me atinge,declara Finotti quando questionado sobre a convivência com os colegas e professores.

Na opinião da professora, muitos paralisados cerebrais estão em instituições de educação especial por preconceitos e problemas motores, sendo a informática um forte fator de apoio para inclusão educativa. Para ela o principal problema está nafalta de informação e formação de professores no ensino regular, para que possam dar a assistência necessária aos alunos em suas aulas.

Conheço vários paralisados cerebrais que se alfabetizaram sozinhos ou com apoio da família, pois nunca foram aceitos na escola. Há o caso de um aluno bem incluído no ensino médio e que quando foi cursar a faculdade não tinha sequer ajuda para ligar seu notebook, sendo completamente ignorado. Essas questões são muito sérias, não se pode incluir sem ter o conhecimento de como é trabalhar com essas pessoas, relata a professora.

Além de freqüentar as aulas do terceiro ano do ensino médio, que deve conclui no fina
l do ano, o jovem também é bolsista de iniciação científica Jr. no Projeto Design Inclusivo Utilizando TIC(Tecnologias de Informação e Comunicação) Aplicadas à Educação, desenvolvido por Regina.

Como bolsista,duas vezes por semana o programador estuda e desenvolve tecnologias assistivas, softwares e hardwares voltados a pessoas com necessidades educacionais especiais. Entre seus projetos, destaca-se um jogo para alfabetização de crianças com paralisia cerebral, ainda em fase de testes.


Se tudo der certo e Finotti conseguir realizar o Enem, o próximo objetivo é pleitear uma bolsa nos cursos de Jogos Digitais, Sistemas para Internet ou Ciência da Computação. “Acho que escolhi essa área pelo fato de o computador ser quase meu ‘quinto membro’. Lembro que infernizei muito minha mãe para me matricular no técnico. Nunca imaginei que fosse me apaixonar pela área, o curso foi a melhor coisa que fiz na vida, conclui.

No que depender do mercado de trabalho, o jovem tem tudo para conseguir uma boa colocação. Desde 1991, a Lei de Cotas (nº 8.213) determina que todas as empresas brasileiras com mais de cem funcionários devem ter de 2% a 5% de deficientes contratados no seu quadro de funcionários Assim, o mesmo governo que garante oportunidade no mercado de trabalho para os portadores de necessidades especiais, impede o jovem Guilherme de buscar qualificação.


“A demanda por profissionais portadores de necessidades especiais é muito maior do que a oferta. Há punições para a empresa que não preenche a cotas de deficiente
s prevista em lei, mas como os anúncios são realizados e as vagas não são preenchidas, fica comprovada a falta de pessoal qualificadoâ€�, revela Giovana Strano, diretora da TI Works, empresa gestora de recursos humanos focada em TI.

De acordo com informações do Departamento de Neurologia Infantil da USP, a incidência de casos de paralisia cerebral em países em desenvolvimento como o B
rasil pode alcançar até sete para cada mil nascidos vivos, em contraposição a dois em cada mil nos países desenvolvidos. Outros estudos citam a estimativa de 30 a 40
mil novos casos por ano no país.

Disponível em:

Cantor espanhol divulga GPS para cegos

Serafino Zubiri, cantor espanhol, portador de deficiência visual, percorreu no último domingo (4), a primeira rota do Caminho de Santiago desde Roncesvalles para divulgar o projeto "Caminho dos Satélites", que em 2010 levará mais de cem cegos para a peregrinação da Compostela.

Os peregrinos serão guiados com a ajuda de um GPS especial para cegos. O
equipamento é o Kapten, parece um rádio pequeno e basta que o usuário dê ordens
de voz simples e diretas para que o aparelho oriente a pessoa onde está, quantos quilômetros percorreu, a que velocidade está ou os pontos mais interessantes,como monumentos, albergues, hotéis.

A peregrinação será realizada pela Associação Gallega de Empresas Tic e a Fundação Tecnologia Social, e tem o objetivo de demonstrar que, com um adequado apoio tecnológico, qualquer pessoa, mesmo que seja cega, pode superar as dificuldades que tem em sua rota.

O equipamento tem dimensões reduzidas (7,4x 4,4 x 1,3 centímetros), pesa apenas
50 gramas, usa os chipset SiRFStar III GPS e ainda tem 4GB da memória interna. Custa aproximadamente 150 euros.

http://infogpsonline.uol.com.br/noticias-diarias.php?id_noticia=9859

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Anvisa aprova novas regras para bulas de medicamentos

Informações mais claras, linguagem objetiva, e conteúdos padronizados. Essas são algumas características das novas bulas de medicamentos, regulamentadas pela Anvisa por meio da resolução RDC 47/09. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (9).

Para o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello, as novas normas vão contribuir para promover o uso racional de medicamentos no país. “A resolução da Anvisa pretende facilitar o entendimento do consumidor, melhorar a visibilidade dos textos e evitar equívocos no momento da prescrição e utilização de medicamentos”, afirma.
Veja o vídeo da Coletiva

As regras para bulas de medicamentos estão em processo de revisão desde 2008 e foram discutidas por meio da Consulta Pública 01/09, lançada no início do ano. A previsão da Agência é que todos os medicamentos fabricados a partir de 2011 já contenham as bulas com o novo formato e conteúdo.
Prazo
Todos os medicamentos comercializados no Brasil terão que adequar suas bulas. Até o início de 2011, todas as bulas estarão adequadas. Veja aqui os prazos (PDF) para cada tipo de medicamento.
Principais pontos
Tamanho da letra – A letra Times New Roman, não-condensada e não-expandida, com tamanho mínimo de 10 pontos, torna-se obrigatória para todas as bulas. O espaçamento entre as letras deve ser de no mínimo 10% e, entre as linhas, de 12%. Já as colunas de texto devem conter, no mínimo, 80mm, com texto alinhado à esquerda.

Genéricos e similares – As bulas dos medicamentos genéricos e similares devem estar harmonizadas com o conteúdo das Bulas Padrões (bulas dos medicamentos de referência). Podem diferir apenas quanto a informações específicas dos produtos, como composição, frases de advertência relacionadas a um corante, e prazo de validade, por exemplo.

Portadores de deficiência visual – As empresas deverão oferecer gratuitamente, a bula em formato especial, mediante solicitação da pessoa física. A bula pode ser oferecida em meio magnético, óptico ou eletrônico, em formato digital ou áudio, impressas em Braille ou com fonte ampliada, conforme escolha ou necessidade do paciente. O usuário deverá solicitar a bula especial por meio do SAC do laboratório farmacêutico.
Bulas para os pacientes – Serão organizadas na forma de perguntas e respostas e devem conter apenas informações sobre a apresentação do medicamento que acompanham. (Nas normas anteriores, não havia regra para a separação de informações. Uma mesma bula podia tratar de xaropes, comprimidos, soluções, pomadas, etc).
Alerta de Doping – Algumas informações passam a ser exigidas nas bulas, como, por exemplo, o alerta para atletas quanto à potencialidade de o medicamento causar doping, de acordo com norma do Comitê Olímpico Internacional – COI. Outra informação que também estará mais clara é a idade mínima com a qual o medicamento pode ser utilizado com segurança.

Dentro da embalagem – O consumidor vai encontrar apenas um tipo de bula na embalagem – a do paciente ou a do profissional de saúde, mas o texto que não estiver na embalagem ficará disponível para consulta na internet, no Bulário Eletrônico da Anvisa.
Acesso eletrônico – As bulas padrão estarão disponíveis por meio eletrônico no site da Anvisa. A medida vai permitir que profissionais de saúde e pacientes tenham acesso às informações corretas e atuais sobre esses produtos.

Informações: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa

Acesse o site http://www.anvisa.gov.br/divulga/noticias/index.htm e saiba mais:
Veja como ficará o tamanho dos textos das futuras bulas (PDF)
Veja o exemplo de bula atual (PDF)
Confira a apresentação sobre a nova resolução (PDF)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Lançamento do site www.livrofalado.pro.br

Reservamos esse espaço para divulgação do lançamento de site em que as pessoas poderão acessar obras de Ziraldo, Ruth Rocha, Clarice Lispector, Dalton Trevisan, Lui­s Fernado Verí­ssimo, João Cabral, Guimarães Rosa (entre outros)em livros acessíveis em áudio para pessoas com deficiência visual de 8 países de Lí­ngua
Portuguesa.

O lançamento será realizado no dia 10 de dezembro de 2009 no CCBB, às 17 horas. Rua Primeiro de Março, 66, quarto andar.

www.livrofalado.pro.br

Quem pretende utilizar o site deverá realizar cadastro na página (ainda em construção) ou enviar e-mail para: contrato@livrofalado.pro.br.

No mesmo dia, será relançado (em tinta,áudio e braille) o livro Livro Falado: Uma História para ler, gravar e ouvir. Haverá distribuição gratuita de livros em braille a todos os que comparecerem. Porém, deve fazer reserva/inscrição para o evento. Envie uma mensagem para contrato@livrofalado.pro.br.

Participe!

Acesse também www.livrofalado.blogspot.com
E-mail: livrofalado@livrofalado.pro.br

UTAD não desarma na luta contra as barreiras

Protótipo para auxiliar cegos a votar foi testado durante as legislativas
Já começa a ser habitual que o Centro de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade – CERTIC, em dia de eleições, mobilize esforços para chamar a atenção para
os
problemas dos cidadão com deficiência. Depois de ter questionado as acessibilidades físicas às mesas de voto, o organismo da Universidade de Trás-os-Montes e Alto
Douro (UTAD) desafiou o “cidadão comumâ€� a experimentar uma nova tecnologia que auxilia cegos e analfabetos a exercer o seu direito de forma independente e confidencial.
A tecnologia é simples e baseia-se numa interface áudio-táctil, que permite através do tacto receber, via audição, a posição em que figura cada partido no boletim
de voto. Com recurso a um teclado liso e um computador programado para a actividade, o CERTIC garante que poderá dar “independência e privacidade de votoâ€� a
pessoas
com deficiência visual ou que não conseguem ler. Francisco Godinho, director deste organismo, salientou que “são equipamentos que se encontram em espaços de internet
ou em espaços de ensino especialâ€�, como tal, o custo desta tecnologia é “perfeitamente comportável para qualquer município e seria possível instalar várias mesas
em todo o Paísâ€�. Depois de ter sido debatida, em Assembleia da República, a necessidade de dar acessibilidade a todos os cidadãos no acto de exercer o direito
ao
voto, ficou o compromisso de que os governos terão de colmatar estas lacunas. Porém, para o responsável pelo CERTIC, a única forma de abranger este direito será
a criação de “medidas legislativas que impeçam mesas de voto sem acessibilidadesâ€�. Aquando das Eleições Europeias, em Agosto, este organismo da UTAD, juntamente
com o Núcleo de Alunos de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade, denunciou a falta de acessos a uma mesa de voto na cidade de Vila Real. Curiosamente, para
o acto eleitoral do passado dia 27, foi colocada uma rampa de acesso a pessoas com mobilidade reduzida na entrada para essa mesa de voto. â€œà‰ manifestamente insuficiente
que se coloque uma rampa num local que aparece na televisão e é exposto a nível nacional. Não se pode estar a desenvolver um mecanismo para pessoas tetraplégicas,
se elas não conseguem chegar à mesa de voto, após entrarem no complexoâ€�, referiu Francisco Godinho. Por isso, este académico apela a um empenhamento sério nesta
matéria das acessibilidades e este é “mais um contributo para encontrar soluçõesâ€�. Quanto aos que aderiram à iniciativa, todos eles sem deficiências visíveis,
apreciaram
o mecanismo e louvaram a iniciativa. Sónia Cherpe achou o mecanismo muito “acessível e útilâ€� e, de olhos vendados, conseguiu encontrar o partido que procurava.
“Obviamente
que não tenho experiência de um invisual e tive de me adaptar e procurar com o tacto, o que é estranho. Para quem já está habituado a lidar com esta dificuldade
e com o som como principal sentido será, certamente, mais fácilâ€�, salientou. Apesar da sua “apresentação públicaâ€�, este mecanismo não passa de um protótipo
e, por
isso, a precisar de “ajustes e afinaçõesâ€�. O contributo de Adelaide Afonso serviu para isso mesmo, pois a sua experiência foi “muito confusaâ€�. “Acho que
ainda não
está muito certo, porque o som não dava quando eu carregava e, depois de eu passar para outro partido, dava o som do anteriorâ€�, avaliou.


FONTE: http://www.mdb.pt/noticia/2164

Justiça do Rio considera lei de cotas constitucional para universidades

O Órgão Especial do TJ (Tribunal de Justiça) do Rio declarou na tarde desta quarta-feira que a lei estadual (5.346/2008) que instituiu o sistema de cotas para ingresso nas universidades estaduais é constitucional. Por maioria de votos, os desembargadores acompanharam a posição do relator da ação direta de inconstitucionalida de, desembargador Sérgio Cavalieri, que afirma que a norma aprovada pela Assembleia Legislativa não fere o princípio da igualdade.

A lei, que entrou em vigor em dezembro de 2008, beneficia estudantes carentes negros, indígenas, alunos da rede pública de ensino, portadores de deficiência física e filhos de policiais civis e militares, bombeiros e inspetores de segurança e administração penitenciária, mortos ou incapacitados em razão do serviço. O prazo de validade da lei, segundo a Justiça, é de dez anos.

A ação, com pedido de liminar, foi proposta pelo deputado estadual Flávio Bolsonaro. O argumento do deputado em sua ação era de que a lei era discriminatória e demagógica.

Em maio deste ano, ao examinar o pedido, o Tribunal de Justiça suspendeu os efeitos da lei. No mês seguinte, diante de uma questão de ordem suscitada pelo governo do Estado, e para evitar prejuízos aos estudantes que já estavam inscritos nos vestibulares deste ano, os desembargadores decidiram que a suspensão entraria em vigor a partir de 2010.

De acordo com o TJ, nesta quarta-feira, ao julgar o mérito da ação, o desembargador Sérgio Cavalieri --que participou de sua última sessão no Órgão Especial em razão de sua aposentadoria- - adotou em seu voto os pareceres da Procuradoria Geral do Estado e da Procuradoria de Justiça em favor da constitucionalidade da lei.

"A igualdade só pode ser verificada entre pessoas que se encontram em situação semelhante. Há grupos minoritários e hipossuficientes que precisam de tratamento especial.
Se assim não for, o princípio da isonomia vai ser uma fantasia", afirmou o desembargador.

Ainda segundo o relator, não há igualdade formal sem igualdade material. Defendeu ainda que ações afirmativas como as cotas e a reforma do ensino básico não são medidas antagônicas. O relator classificou ainda de "simplista a afirmação de que a política de cotas fomentaria a separação racial".

Fonte: http://noticias. bol.uol.com. br/brasil/ 2009/11/18/ justica-do- rio-considera- lei-de-cotas- constitucional- para-universidad es.jhtm/18/justica-do-rio-considera-lei-de-cotas-constitucional-para-universidades.jhtm>

Consulta Pública sob Pessoa com Deficiência - Direitos Sexuais e Reprodutivos na Integralidade da Atenção à Saúde

CONSULTA PÚBLICA No- 1, DE 8 DE OUTUBRO DE 2009 A Secretária de Atenção à Saúde - Substituta, no uso de suas atribuições, adota a seguinte Consulta pública e determina sua publicação, Considerando que a Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência cita que serão considerados elementos da atenà§ão integral à saúde das pessoas com deficiência os métodos e as técnicas específicas para garantir ações voltadas para a saúde sexual e reprodutiva, incluindo medicamentos, recursos tecnológicos e intervenções especializadas; Considerando a importância do tema para as pessoas com deficiência usuárias do Sistema Único de Saúde; e Considerando o processo de discussão e construção coletiva, entre gestores, sociedades científicas, academia e sociedade civil, das diretrizes e das ações a serem implementadas para a qualificaà§ão da atenção à saúde sexual e reprodutiva das pessoas com deficiência,
resolve:
Art. 1º - Submeter à Consulta Pública o documento Pessoa com Deficiência - Direitos Sexuais e Reprodutivos na Integralidade da Atenção à Saúde.
Parágrafo único. O documento de que trata este ato está disponível para consulta no sítio da rede mundial de computadores:
www. saude. gov. br/ consultapublica.
Art. 2º - Estabelecer o prazo de 20 (vinte) dias, a contar da publicação desta Consulta Pública, para que sejam encaminhadas as considerações, devidamente fundamentadas, relativas a este ato por meio da ferramenta de consulta pública, restringindo-se o uso do email para sanar dúvidas ou estabelecer contatos: pessoacomdeficiàªncia@ saude.gov.br. Documentos pertinentes podem ser enviados ao endereço: Ministério da Saúde/Secretaria de Atençà£o à Saúde/ Departamento de Ações Programáticas Estratégicas - àrea Técnica Saúde da Pessoa com Deficiência, Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Edifício Sede, 6º andar, sala 619, CEP 70058-900 - Brasília, DF.
Art 3º - Determinar que o Departamento de Ações Programà¡ticas Estratégicas/Secretaria de Atenção à Saúde/Ministério da Saúde avalie as considerações apresentadas, elaborando a versão final consolidada do documento Pessoa com Deficiência - Direitos Sexuais e Reprodutivos na Integralidade da Atenção à Saúde, para que, findo o prazo estabelecido no artigo 2º deste ato, seja aprovado e publicado, passando a vigorar em todo o território nacional.
Art. 4º - Esta Consulta Pública entra em vigor na data de sua publicação.
CLEUSA RODRIGUES DA SILVEIRA

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

II FIM DE SEMANA ESPECIAL NO CCBB/RIO

Nos próximos dias 28 e 29 de novembro, de 10h as 18hs, o Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro estará realizando o II Fim de Semana Especial no CCBB Educativo. O evento tem o objetivo de divulgar e aprimorar o trabalho do Grupo de Pesquisa dos Especiais, assim como, de se comemorar o Dia Internacional do (d)Eficiente (03/12). O final de semana terá diferentes atividades inclusivas: Prática e Reflexões com Educadores (Mesa-Redonda com o tema: Acessibilidade nos Museus e Centros Culturais), Laboratórios de Ações Criativas, Bisbilhoteca, Musicando, Em Cantos e Contos, Visita Sensorial ao CCBB e Visita em Libras pela Exposição. Haverá também a apresentação do Teatro GENTE de Cegos do Instituto Benjamin Constant (Rio) com uma peça que mostra as causas do aquecimento do planeta Terra; o Teatro Brasileiro de Surdos - TBS (Rio) com um jogral baseado na história que acontece dentro de um Museu quando uma surda começa a trabalhar no Museu da Surdez e a exibição do Fime "Do Luto à Luta" dirigido por Evaldo Mocarzel, um longa-metragem em 35mm que focaliza as deficiências, mas também as potencialidades, da Síndrome de Down, problema genético que atinge cerca de 8.000 bebês a cada ano no Brasil. Acesse a programação completa no formato doc (word) ou txt no site www.audioteca.org.br

Fonte: Audioteca Sal e Luz - http://www.audioteca.org.br/noticias.htm

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

OAB/Barra vai lançar Código de Defesa do Consumidor em braile

Extraído de: OAB - Rio de Janeiro - 22 de Outubro de 2009

No dia 12 de novembro, a Comissão de Direito do Consumidor da OAB/Barra da Tijuca vai lançar o Código de Defesa do Consumidor em braile. A publicação é inédita e objetiva assegurar acesso e conhecimento das leis que regm e as relações de consumo a todos deficientes visuais.

O evento será realizado no Centro Médico Barrashopping, a partir das 13h, e contará com a presença do presidente da OAB/RJ, Wadih Damous.Na ocasião, serão doados exemplares do livro.

Mais informações pelo telefone (21) 3388-5572

Cursos de qualificação terão vagas destinadas a deficientes

Passa a ser obrigatória a destinação de, no mínimo, 10% das vagas dos Planos Territoriais de Qualificação (PlanTeQ) e Planos Setoriais de Qualificação (PlanSeQ), no âmbito do Plano Nacional de Qualificação (PNQ)


Brasília, 09/11/2009
Foi publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União a Resolução Nº 621, de 5 de novembro de 2009, do Codefat, que estabelece percentual para destinação de vagas de cursos de qualificação social e profissional para portadores de deficiências. Passa a ser obrigatória a destinação de, no mínimo, 10% das vagas dos Planos Territoriais de Qualificação - PlanTeQ e Planos Setoriais de Qualificação - PlanSeQ, no âmbito do Plano Nacional de Qualificação - PNQ, para portadores de deficiências não impeditivas ao exercício de atividade laboral e segurados da Previdência Social em processo de reabilitação profissional.

No dia 22 de outubro o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, anunciou a assinatura da Portaria nº 2.043, que aprova o Termo de Referência do Consórcio Social da Juventude (CSJ) que destina, no mínimo, 10% das vagas dos cursos de qualificação social e profissional para jovens portadores de deficiências.

Intel lança e-reader para pessoas com deficiência visual

O dispositivo estará à venda, por enquanto, nos EUA e e no Reino Unido e deve custar cerca de US$ 1.500 (o equivalente a R$ 2.550)
Por Época NEGÓCIOS Online

A Intel começou a vender nesta terça-feira (10/11) um leitor de e-books que tira fotos de páginas de livros e jornais e converte o texto em fala.

Batizado de Intel Reader, o dispositivo pretende ajudar pessoas com deficiência visual ou dislexia, de acordo com Bem Foss, diretor de tecnologia da Intel e idealizador do aparelho. “É feito para dar independência e acesso à leitura.”
Do tamanho de uma folha de papel, o dispositivo tem uma câmera de 5 megapixels com um sistema de conversão de texto em fala. O aparelho conta com 2 Gigabytes para armazenamento, o equivalente a cerca de 600 páginas escaneadas.

O funcionamento do dispositivo é simples. Basta que os usuários coloquem o aparelho um pouco acima da página que desejam ler. Assim, o dispositivo tira a foto e, em segundos, converte automaticamente o conteúdo em texto, que pode ser demonstrado em uma fonte grande ou lido em voz alta.

O aparelho suporta arquivos MP3, WAV, além de formatos de texto, e pode tocar arquivos de áudio. A bateria tem duração de até quatro horas. Por enquanto, o dispositivo estará disponível nos Estados Unidos e no Reino Unido. A companhia pretende distribui-lo em outros países no futuro, de acordo com Foss. O reader custa em torno de US$ 1.500 (o equivalente a R$ 2.550).

A Intel também deve fabricar um suporte para o leitor que poderá segurar e carregar o aparelho enquanto ele estiver sendo usado para leitura de um grande número de páginas.

Fonte: http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/1,,EMI103982-16382,00.html

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Reunião Aberta "Educação Inclusiva"

Devido a implantação da política de educação inclusiva conforme determinado pela Resolução 04/2009, do Conselho Nacional de Educação, o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Comdef-Rio, realizará no próximo dia 12 de novembro (quinta-feira), às 14 horas, no CIAD Mestre Candeia - Av. Presidente Vargas, 1.997 - 3º andar - Cidade Nova, uma reunião aberta com tema Educação Inclusiva e convida todos vocês para participar!

Nossa participação é muito importante!!!

Qualquer dúvida: 3235-9290 (Ana Cláudia) ou 2242-7700 (ramal 244).

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Avanços contra a cegueira

Uma retina biônica e terapia genética permitem o tratamento de doenças dos olhos e proporcionam visão parcial aos cegos

Greice Rodrigues

Dois importantes estudos apresentados na última semana apontam grande esperança contra a cegueira. Ambos demonstraram avanços no tratamento de doenças da

retina - a estrutura do olho responsável pela captação da imagem que será enviada ao cérebro - que podem levar à perda da visão. O primeiro

foi feito por cientistas americanos e europeus e publicado na última edição da revista científica "The Lancet". Doze pacientes participaram do experimento:

crianças e adultos que haviam perdido a visão em razão de duas enfermidades de origem genética que provocam a degeneração da retina. O método testado foi

a terapia genética. Por meio da técnica, os pesquisadores corrigiram, mesmo que parcialmente, o defeito nos genes responsáveis pelas doenças.

Semanas depois da aplicação, todos os pacientes relataram melhora da visão em ambientes mal iluminados. As crianças apresentaram maior progresso. Elas conseguiram

andar facilmente por espaços com obstáculos e pouca luz. "Restaurar a visão de pessoas que não tinham alternativa de tratamento é um grande avanço", afirmou

Katherine High, coautora do estudo e diretora do Centro de Biologia Celular e Molecular do Hospital Infantil da Universidade da Filadélfia. No Brasil,

os médicos também receberam o resultado com entusiasmo. "É o tipo de notícia que sempre esperamos. Significa uma importante mudança na qualidade de vida

dessas pessoas", disse a oftalmologista Andréa Barbosa, da Rede Copa D'Or, no Rio de Janeiro.

O outro trabalho foi apresentado por médicos do New York Presbyterian Hospital e da Universidade Colúmbia, nos EUA. O alvo eram pessoas que também haviam

perdido a visão por causa de doenças degenerativas da retina. Para a experimentação, os cientistas implantaram 60 microeletrodos na retina de 15 pacientes.

Depois, deram a cada um óculos com uma pequena câmera de vídeo acoplada, além de um microprocessador, preso na cintura. O sistema captou as imagens e as

enviou ao cérebro, onde foram processadas. "Os pacientes puderam distinguir luz na escuridão, ver o alimento em um prato e

andar por ambientes desconhecidos", afirmou o pesquisador Luciano Del Priore, professor de oftalmologia da universidade.

ISTOÉ - Independente
Medicina & Bem-estar
30/10/2009

Procon é coisa do passado.

Foi divulgado pela revista Exame, do dia 15/07, uma reportagem sobre um site chamado Reclame Aqui.
A idéia é de ser um mural (um Muro das Lamentações) onde as pessoas
expõem suas queixas sobre serviços ou produtos, visível à todos que
acessarem o site.
O interessante é que, sem burocracia, os problemas são solucionados
com mais rapidez.
Quando um consumidor reclama de um produto de alguma empresa, essa
empresa recebe um e-mail dessa queixa. E como a empresa preza por sua
imagem, ela tende a ser eficiente na solução, que será aberta ao
público.
O que tem dado muito certo, já que 70% dos casos são resolvidos! E o
tempo médio é de menos de uma semana, diferente do procon que tem a
média em 120 dias.
Lá vai o site: www.reclameaqui.com.br

livro digital






O Brasil na rota do KindleLeitor eletrônico da Amazon começa a ser vendido
no Brasil a partir da próxima semana. O lançamento global do produto é o maior salto do livro digital


Carlos Rydlewski

Livraria ambulante
O aparelho custará 1 016 reais no Brasil. Tem memória para 1 500 livros, baixados pela rede 3G. Cada download leva sessenta segundos

VEJA TAMBÉM
• Quadro: *À semelhança do
papel*
• Nesta edição: *"Criamos um
best-seller"*

Antes que nos lancemos às especulações sobre o futuro do livro digital é
preciso fazer um exercício que se tornou clássico. Esse exercício analisa o
livro comum impresso em papel do ponto de vista do mais exigente usuário do
universo. Ele diria que se trata de um produto que funciona sem bateria,
dispensa o manual do usuário, suporta quedas, é barato e pode ser
substituído a um custo mínimo. É, portanto, uma invenção tecnologicamente
perfeita. Não por acaso, atravessou mais de quinhentos anos de história como
o mais simples e prático instrumento para o registro e a transmissão de
ideias. Mas, mesmo com todas essas imbatíveis características, o livro
evolui. A cara mais conhecida dessa evolução, que começa a ser vendida aos
brasileiros na próxima semana, é o Kindle, da Amazon, um leitor digital de
textos que já vendeu mais de 1 milhão de unidades nos Estados Unidos. O
Kindle, cujo nome deriva dos verbos acender e iluminar em inglês, passará a
ser vendido em 99 países, além do Brasil. Tecnicamente é um "e-reader", ou
leitor eletrônico. Seu fabricante, a Amazon, é um gigante do comércio
varejista na web. Ela é maior do que seus três principais concorrentes
somados. A versão que chega ao Brasil custará 279 dólares e só poderá ser
comprada no site da Amazon. Acrescidos os impostos de importação e frete,
chega-se a uma conta final equivalente em moeda brasileira a 585 dólares – 1
016 reais na sexta-feira passada. "Estamos animadíssimos. Não sabemos quanto
nossas vendas aumentarão, mas nosso alvo imediato são os 90 milhões de
consumidores da amazon.com que já temos espalhados pelo mundo. Esse é um
número considerável", disse a VEJA Jeff Bezos, o presidente e fundador da
superloja virtual.

De posse do Kindle, o usuário brasileiro terá acesso sem fio ao estoque de
mais de 200.000 livros digitalizados à venda no site da Amazon. O aparelho
se conecta automaticamente a uma rede de telefonia celular 3G, a mais
rápida. Na ausência do sinal mais veloz, o Kindle se conecta pela segunda
melhor opção, o Edge. A ligação não é gratuita, mas seu custo está embutido
no preço do livro, que deverá ser pago com um cartão de crédito
internacional na transação eletrônica aferida pelo próprio site da Amazon. O
limite de tempo gasto para baixar o livro no Kindle é de sessenta segundos.
A estante digital da Amazon já oferece também revistas e jornais.
Adicionalmente, o usuário pode transferir para seu aparelho conectado a um
computador quaisquer arquivos gravados em PDF – a sigla de Portable Document
File –, um formato-padrão pré-instalado na imensa maioria dos PCs. Para
carregar arquivos de outros formatos, a Amazon oferece ao usuário um serviço
em que ele envia por e-mail para a empresa um documento qualquer e ela o
devolve com a formatação correta, para ser lido pelo Kindle. Para receber o
arquivo por e-mail e fazer a transferência para o leitor, o serviço é
gratuito. Quem desejar receber o arquivo pela rede 3G ou pelo Edge
diretamente no e-reader pagará uma taxa de pouco mais de 1 dólar.

A oferta de e-books, como são chamados em inglês os livros digitais
oferecidos via internet, cresce exponencialmente, o que é uma comodidade
para o usuário, mas uma grande preocupação para os editores brasileiros de
livros de papel *(veja
quadro
).* A Amazon lidera esse mercado, que avança rapidamente. Em setembro
passado, *O Símbolo Perdido,* o novo título de Dan Brown, autor do
best-seller *O Código Da Vinci,* foi lançado em formato digital e no
tradicional impresso. O digital vendeu mais do que o livro de papel. No
início do ano, as versões eletrônicas de livros representavam 13% dos
títulos comercializados pela Amazon. Em maio, esse número chegou a 35% e,
agora, passa dos 48%. Dados da Associação Americana de Editores (AAP)
corroboram o avanço. Indicam que as vendas de e-books somaram 20 milhões de
dólares em 2003, ante 113 milhões de dólares em 2008. O aumento nesse
período foi de 465%. Só no primeiro semestre de 2009, o crescimento foi de
150%. "Hoje, os e-books representam apenas 1% do mercado, mas não tenho
dúvida de que esse ritmo de crescimento vai incentivar todo o setor a
mergulhar nessa tecnologia", disse a VEJA Edward McCoyd, diretor da AAP, em
Nova York.

Entusiasmo semelhante percebe-se na produção de e-readers. Eles se
multiplicam – e se diversificam. A Amazon tem o Kindle internacional, com
tela de 15,2 centímetros, e o DX, vendido nos Estados Unidos, com monitor de
24,6 centímetros. O trunfo de ambos é a conexão wireless por rede 3G com a
imensa biblioteca virtual da empresa (nos Estados Unidos, são 350 000
títulos). A companhia não divulga números de vendas de seus produtos, mas
uma estimativa do analista Mark Mahaney, do Citigroup, mostra que foram
comercializados 500 000 Kindles em 2008. Neste ano, mesmo sem o avanço
internacional, devem dobrar. Em agosto, a Sony anunciou o lançamento de três
modelos numa só tacada. Dois deles têm tela sensível ao toque (touch
screen). A japonesa Fujitsu vende no Japão um e-reader com tela colorida. Os
problemas são o preço (mais de 1 000 dólares) e o reflexo que incide sobre o
monitor. Marcas como Samsung, Asus (que criou o primeiro netbook comercial),
Plastic Logic, iREX e até mesmo genéricos chineses também estão entrando
nesse ramo. Em 2009, devem ser vendidos 3 milhões de e-readers. Em 2014, tal
cota pode atingir a casa dos 30 milhões.

Há forte expectativa de que a Apple também lance um produto para a leitura
de livros, mas parecido com um tablet (computador com tela touch screen).
Steve Jobs tem desmentido com veemência tal possibilidade – o que, na
prática, não significa muito. Recentemente, os rumores sobre o novo produto
da empresa recrudesceram depois que a companhia registrou a patente número
20080204426, nos Estados Unidos, de um sistema que "simula uma página sendo
virada em uma tela a partir do movimento de um dedo", como num livro de
átomos. O Google é outro gigante firme nesse páreo. Ele não tem um produto,
mas 1,5 milhão de livros digitalizados. Detalhe: quer chegar a 5 milhões em
meados de 2010.

O problema dessa leva de concorrentes é a própria Amazon. Um dos poucos
sobreviventes da bolha da internet, que explodiu em 2000, a Amazon tem um
chefe, Bezos, obstinado e duríssimo na queda. Hoje, posicionou-se no mercado
editorial de maneira impressionante – e abrangente. Tem dois serviços, o
BookSurge e o CreateSpace, que permitem a impressão de títulos sob demanda e
auxiliam autores, cineastas e músicos a produzir, divulgar e distribuir suas
obras. Somente em 2008, a Amazon comprou a Audible.com, uma empresa de
audiolivros, a AbeBooks, uma espécie de sebo on-line, e a Shelfari, uma rede
social de leitores assíduos. Em abril, adquiriu a Lexcycle, que criou o
Stanza, um aplicativo para a leitura de livros no iPhone. Tem ainda um
programa chamado AmazonEncore. Com base nas vendas do site da companhia, ele
identifica livros com bom potencial de vendas e os imprime numa nova edição.
É uma espécie de caça-talentos cuja peneira é feita eletronicamente. O
Encore, no limite, representa uma nova forma de intermediação entre o
público e a obra, com base em informações fornecidas diretamente pela
audiência.
Fotos Yoshikazu Tsuno/AFP; Divulgação

Pioneiro na cor
O destaque do modelo da Fujitsu
é a tela colorida, apesar do excesso
de reflexos em ambientes claros.
O preço, de 1 000 dólares, é o problema
*Proliferação**
*A Sony (*à dir*.) lançou em agosto três modelos de e-reader
de uma vez. Dois usam tela touch screen. A Coolreaders
(*à esq.*) revende produtos feitos em Taiwan
Coreanos presentes
A Samsung lançou um e-reader em junho,
na Coreia. Ele também funciona como um PDA.
Tem funções como calendário e bloco de notas
Visor tamanho-família
O monitor do modelo da britânica Plastic Logic é o maior da categoria. Ele
tem 27,9 centímetros,
medidos na diagonal



A força da Amazon permite também que a companhia invista a longo prazo.
Criada em 1995, a empresa só saiu do vermelho em 2003. Jeffrey Lindsay,
analista da Sanford C. Bernstein, acredita que a companhia com sede em
Seattle está subsidiando a venda de livros digitais. Ele calcula que, para
conseguir o mesmo valor recebido com a comercialização de um livro
convencional, tem de vender três e-books. A questão é saber quem entre os
concorrentes pode suster tal estratégia por muito tempo. Nos Estados Unidos,
os títulos em formato de bits custam no máximo 9,99 dólares, mesmo os
best-sellers (o preço do produto no papel é de 30 dólares. No Brasil, o
download das versões digitais sairá por 11,99 dólares. Outra vantagem
competitiva monumental da Amazon está na logística. Ela conta com 25 centros
de distribuição de produtos nos Estados Unidos, Reino Unido, China, Japão,
França e Irlanda. Somada, a área desses depósitos equivale a seis estádios
do Maracanã. O movimento dos produtos, assim como máquinas e empilhadeiras,
é orquestrado eletronicamente.

Mas, por mais inovador que o mundo dos novos leitores eletrônicos pareça,
ele ainda engatinha. Os e-readers têm potencial para suceder aos livros
convencionais com impacto semelhante ao da substituição das máquinas de
escrever pelos computadores pessoais. Uma vez em formato digital, não haverá
limite para a narrativa de histórias. A dinâmica dos e-books não precisa
estar amarrada à linearidade e no futuro pode incorporar fotos e vídeos.
Hoje, contudo, as telas mais eficientes dos e-readers reproduzem somente
tons de cinza *(veja
quadro
).* Na prática, os atuais aparelhos estão em estágio de desenvolvimento
equivalente ao dos celulares dos anos 80 – aqueles tijolões com quase 1
quilo. Ainda assim, o momento é propício para avanços nesse campo. O
relatório Reading on the rise (A Leitura em Alta), da National Endowment of
Arts, dos Estados Unidos, mostrou que, pela primeira vez em 25 anos, houve
aumento do número de pessoas que leem livros. Essa parece ser uma tendência
global. No Brasil, a venda de títulos aumentou 5% entre 2007 e 2008. Mas
será que os e-readers vão banir os livros de papel? "A história mostra que
um meio nunca acaba com outro em curto prazo. Os manuscritos prosperaram
depois do surgimento da prensa de Gutenberg. O rádio se reinventou depois da
televisão", disse a VEJA Robert Darnton, diretor da Biblioteca da
Universidade Harvard e autor do recém-lançado *The Case of Books.* É
possível que, agora, os livros digitais agucem a curiosidade de pessoas
antes refratárias à leitura e contribuam para o aumento nas vendas daquele
produto tecnologicamente imbatível, sem bateria, barato e que suporta
quedas... o livro em papel.


Leitura quase perfeita

O primeiro grande salto de qualidade dos livros digitais foi dado no início
da década, quando o monitor desses aparelhos passou a empregar uma espécie
de tinta eletrônica criada pela empresa E Ink – uma companhia que nasceu nos
laboratórios do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em
inglês). Esses painéis se transformaram em um padrão para os e-readers.
Equipam quase todos os aparelhos do mercado. Até o surgimento dessa
tecnologia, os leitores eletrônicos usavam tela de cristal líquido (LCD),
como a das TVs. Mas a imagem do LCD é um problema para esse tipo de
dispositivo. Ela é formada por uma luz branca permanentemente acesa no fundo
da tela – a backlight. Esse tipo de recurso prejudica o contraste (a
diferença entre o preto e o branco). Tal deficiência é fatal para um
equipamento que tenta imitar um livro. Para completar, o LCD brilha em
ambientes muito iluminados, tornando inviável a leitura. A tinta eletrônica
faz o contrário: torna-se mais nítida quando submetida a intensa
luminosidade. A primeira versão do display da E Ink, adquirida em junho por
215 milhões de dólares pela taiwanesa Prime View, foi apresentada em 2000.
Dois anos depois, a companhia introduziu um novo modelo com 0,3 milímetro de
espessura. Em 2004, o dispositivo era empregado no primeiro e-reader da
Sony, chamado Librié. Outra vantagem dos monitores da E Ink é que são
flexíveis. Essa peculiaridade fez com que a Telecom Italia criasse em
parceria com a Polymer Vision o protótipo de um celular com tela dobrável,
focado na leitura de textos. Agora, o desafio da empresa com sede em
Cambridge, nos Estados Unidos, é levar a cor aos displays. Isso só deve
ocorrer em dois anos.

INFORMATIVO SAMU

As ambulâncias e emergências médicas perceberam que muitas vezes nos acidentes da estrada os feridos têm um celular consigo.

No entanto, na hora de intervir com estes doentes, não sabem qual a pessoa a contactar na longa lista de telefones existentes no celular do acidentado.

Para tal, o SAMU lança a ideia de que todas as pessoas acrescentem na sua longa lista de contatos o NUMERO DA PESSOA a contactar em caso de emergência.

Tal deverá ser feito da seguinte forma: 'AA Emergencia' (as letras AA são para que apareça sempre este contacto em primeiro lugar na lista de contatos).

É simples, não custa nada e pode ajudar muito ao SAMU ou quem nos socorre.

POR QUE A TERMINOLOGIA "PESSOAS COM DEFICIÊNCIA"?

Grande parte da sociedade, que não possui familiaridade ou não atua na
área da deficiência, promovendo a cidadania e inclusão social, utiliza o
termo[213_304-Cleber.jpg] "portadoras de deficiência" ou "portadoras de
necessidades especiais" para designar alguém com deficiência. Na maioria
das vezes, desconhece-se que o uso de determinada terminologia pode
reforçar a segregação e a exclusão. Cabe esclarecer que o termo
"portadores" implica em algo que se "porta", que é possível se
desvencilhar tão logo se queira ou chegue-se a um destino. Remete,
ainda, a algo temporário, como portar um talão de cheques, portar um
documento ou ser portador de uma doença. A deficiência, na maioria das
vezes, é algo permanente, não cabendo o termo "portadores". Além disso,
quando se rotula alguém como "portador de deficiência", nota-se que a
deficiência passa a ser "a marca" principal da pessoa, em detrimento de
sua condição humana. Até a década de 1980, a sociedade utilizava termos
como "aleijado", "defeituoso", "incapacitado", "inválido"... Passou-se a
utilizar o termo "deficientes", por influência do Ano Internacional e da
Década das Pessoas Deficientes, estabelecido pela ONU, apenas a partir
de 1981. Em meados dos anos 1980, entraram em uso as expressões "pessoa
portadora de deficiência" e "portadores de deficiência". Por volta da
metade da década de 1990, a terminologia utilizada passou a ser "pessoas
com deficiência", que permanece até hoje. A diferença entre esta e as
anteriores é simples: ressalta-se a pessoa à frente de sua deficiência.
Ressalta-se e valoriza-se a pessoa, acima de tudo, independentemente de
suas condições físicas, sensoriais ou intelectuais. Também em um
determinado período acreditava-se como correto o termo "especiais" e sua
derivação "pessoas com necessidades especiais". "Necessidades especiais"
quem não as tem, tendo ou não deficiência? Essa terminologia veio na
esteira das necessidades educacionais especiais de algumas crianças com
deficiência, passando a ser utilizada em todas as circunstâncias, fora
do ambiente escolar. Não se rotula a pessoa pela sua característica
física, visual, auditiva ou intelectual, mas reforça-se o indivíduo
acima de suas restrições. A construção de uma verdadeira sociedade
inclusiva passa também pelo cuidado com a linguagem. Na linguagem se
expressa, voluntária ou involuntariamente, o respeito ou a discriminação
em relação às pessoas com deficiência. Por isso, vamos sempre nos
lembrar que a pessoa com deficiência antes de ter deficiência é, acima
de tudo e simplesmente: pessoa.
(Maria Isabel da Silva, por Ângela Góes).

Biblioteca Digital

Ao acessar a biblioteca (http://bd.camara.gov.br),o cidadão poderá consultar um amplo acervo de documentos digitalizados, como estudos técnicos, livros raros,relatórios de comissões, vídeos e livros em áudio, que poderão ser baixados em qualquer computador.

A solenidade de lançamento será realizada no Salão Nobre, com a presença do presidente da Câmara, Michel Temer.

"Essa é uma forma de ampliar e melhorar as possibilidades de acesso à informação legislativa, facultando ao cidadão a consulta aos documentos que a Câmara possui, e de tornar mais fácil para a população acessá-los", explica a gerente do projeto, Janice Silveira. O projeto da Biblioteca Digital foi desenvolvido pelo Centro de Documentação e Informação (Cedi), em parceria com o Centro de Informática (Cenin) da Câmara.

A ferramenta que dá suporte à Biblioteca Digital é o software livre DSpace, indicado para a criação de repositórios digitais,customizado pelo Cenin.

Fonte: Agência Câmara (http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?p
k=141492&pesq=biblioteca%20digital)

Boa visão começa na infância

Instituto em Botafogo oferece consultas, cirurgia e pós-operatório de graça contra a catarata infantil. Doença pode ser causada por infecção congênita e quanto mais
cedo for diagnosticada há mais chances de evitar problemas

Rio - Doença que afeta até 3 mil crianças todos os anos no País, a catarata infantil é responsável por 20% dos casos de cegueira de brasileiros até 15 anos, segundo
a Organização Mundial de Saúde. Apesar de curável, a falta de informação e o diagnóstico tardio do mal são os principais vilões dos pequenos. Para ajudar crianças
de baixa renda, o Instituto Catarata Infantil (ICI), em Botafogo, oferece consultas, cirurgia e pós-operatório gratuitos.

De acordo com a oftalmologista e diretora do ICI, Andrea Zin, o exame para detectar a doença, conhecido como teste do reflexo vermelho ou do olhinho, deve ser feito
pelo pediatra já nas primeiras semanas de vida. Com a ajuda de um oftalmoscópio, aparelho semelhante a uma lanterna, diz a especialista, é possível analisar o olho
do bebê.
REFLEXO

Em crianças com olhos sadios, a luz atravessa córnea, cristalino e vítreo e o reflexo vermelho da retina é identificado. Já em crianças com catarata, não há o reflexo.
A catarata na infância pode ser causada por infecções congênitas, provocadas por rubéola ou toxoplasmose, problemas no metabolismo ou herança genética.

"Se a doença for detectada precocemente, as chances de a criança desenvolver visão perfeita são maiores. A catarata nos pequenos é uma cortina que impede o estímulo
visual e o desenvolvimento da visão", alerta Andrea.
A cirurgia pode ser feita a partir de um mês de vida. Segundo Andrea, o bebê recebe anestesia geral, é liberado no mesmo dia e a operação não ultrapassa o período
de uma hora. Se o pós-operatório não for bem feito, a criança pode desenvolver outras doenças, como glaucoma.

"A cirurgia deve ser feita por um profissional especializado em crianças, pois o procedimento é diferente do adulto. Após a operação, o tratamento deve ser continuado
com o uso de óculos especiais e avaliações constantes com especialistas", explica.

Para ter acesso ao serviço oferecido pelo Instituto Catarata Infantil, em Botafogo, a criança precisa de laudo médico com diagnóstico da doença. Os responsáveis
passarão por entrevistas e, se ficar comprovada a baixa renda, o ICI oferece todo tratamento, incluindo consultas, óculos e cirurgia. Interessados podem ligar para
2551-1960.

Notícias

Moeda poderá ser impressa com identificação para deficientes
Diógenes Santos

Abicalil: impressão deixa marca tão sutil que dificulta a leitura,
mesmo por deficien- tes com alta sensibilidade nos dedos.
O Projeto de Lei Complementar (PLP) 440/08, em tramitação na Câmara,
determina que as moedas e as notas de Real passem a ser confeccionadas
com elementos que possibilitem a identificação dos valores por pessoas
com deficiência visual. Caberá ao Conselho Monetário Nacional (CMN),
responsável legal pela definição das características da moeda
brasileira, regulamentar a lei.

De autoria do deputado Carlos Abicalil (PT-MT), o projeto estabelece
que o novo dinheiro deverá ser resistente para garantir a
identificação no mesmo prazo de vida útil estimado para cédulas e
moedas. A substituição pelo novo modelo deverá ser feita até 24 meses
após a promulgação da lei.

Segundo o Banco Central, no último dia 15 de janeiro havia 13,5
bilhões de cédulas de papel e 14,2 bilhões de moedas metálicas em
circulação no País, em poder das pessoas ou depositadas nos bancos.

Técnica atual
A Casa da Moeda já utiliza uma técnica de identificação nas cédulas
para deficientes visuais, chamada impressão calcográfica. Esse método
imprime o valor por meio de variações do número zero e do sinal da
barra (/), gravados em relevo no lado esquerdo do verso que possui a
figura da República.

Segundo o deputado Carlos Abicalil, a impressão deixa uma marca tão
sutil que dificulta a sua leitura, mesmo por deficientes com alta
sensibilidade na ponta dos dedos. Além disso, as marcas se deterioram
com facilidade, tornando mais difícil a percepção dos relevos.

Novo modelo
"Difícil imaginar que, em questão tão essencial à vida cotidiana
quanto a utilização de dinheiro, o Estado não ofereça aos deficientes
condições eficazes para que identifiquem, por si mesmos, o valor das
cédulas", disse o deputado.

Ele ressalta que países como Inglaterra, Japão, Índia e os da zona do
euro adotam tamanhos diferentes para cédulas e moedas para facilitar a
identificação tátil. O projeto de Abicalil não propõe uma técnica
específica para a confecção da moeda brasileira. Ele afirma que isso
permitirá ao CMN identificar as técnicas mais adequadas ao caso
brasileiro, levando-se em conta os custos da mudança.

Tramitação
O projeto será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de
Cidadania. Depois segue para votação em dois turnos pelo Plenário.

Íntegra da proposta:
- PLP-440/2008


Câmara reduz exigências para deficientes visuais em cartórios
Gilberto Nascimento

Pannunzio lembra que deficientes visuais têm sido vítimas de
exigências discriminatórias.
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou na
quarta-feira (15), em caráter conclusivo, o Projeto de Lei 1741/03, do
deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), que reduz as exigências de
cartórios para o atendimento a pessoas com deficiência visual. Hoje,
os cartórios exigem que os cegos sejam acompanhados de tutores para
assinar documentos. A proposta agora será votada pelo Senado.

Pela proposta, o deficiente deverá apresentar apenas cédula de
identidade e assinar os documentos, assim como qualquer outro usuário,
além de apresentar as testemunhas exigidas em cada caso.

Eduardo Barbosa denuncia que os portadores de deficiência visual,
embora não sejam considerados pela lei como pessoas incapazes, têm
sido vítimas de discriminação. "Não podemos deixar os cartórios
decidirem como atender os deficientes, pois o País assumiu perante à
comunidade internacional o compromisso de legislar sobre o tema",
disse o parlamentar.

O relator, deputado Antônio Carlos Pannunzio (PSDB-SP), recomendou a
aprovação da matéria, ressaltando que os portadores de deficiência
visual têm sido vítimas de discriminação.

O Brasil é signatário da "Convenção Interamericana para Eliminação de
Todas as Formas de Discriminação Contra as Pessoas Portadoras de
Deficiência", cuja adesão foi aprovada pelo Congresso em 2001. A
convenção prevê que os países signatários adotem medidas de caráter
legislativo, social, educacional e trabalhista necessárias para
eliminar a discriminação contra as pessoas portadoras de deficiência e
proporcionar a sua plena integração à sociedade.


Reportagem - Oscar Telles
Edição - Paulo Cesar Santos

(Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara')

Agência Câmara

Fonte
www.guiasjp.com.br


25/09/2009
Possibilidade de substituição do braille nas escolas mobiliza organizações

Brasília - A possibilidade de o Ministério da Educação (MEC)
substituir, nas instituições de ensino, o sistema braille de leitura
para cegos e portadores de forte deficiência visual por computadores
com programas específicos mobiliza entidades representativas dessa
parcela da população. Esse será um dos pontos principais do documento
final do Seminário Brasileiro em Comemoração ao Bicentenário de
Nascimento de Louis Braille, criador do alfabeto para cegos. O
documento vai ser encaminhado a autoridades do Legislativo e do
Executivo.

A proposta seria uma alternativa apresentada pelo MEC para regularizar
a distribuição de livros didáticos em braille a cerca de 10 mil
crianças cegas de escolas públicas. O primeiro-vice-presidente da
Organização Nacional de Cegos do Brasil (ONCB), Moisés Bauer Luiz,
ressaltou que a substituição do braille por outro sistema é
completamente inviável.

O encontro, promovido pela organização, reúne 300 pessoas e 70
instituições na Câmara dos Deputados e será encerrado após dois dias
de debates. Entidades internacionais também participam do seminário,
uma recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU) para comemorar
os 200 anos da criação desse sistema de leitura pelo francês Louis
Braille, cego desde os 8 anos de idade.

Sobre a iniciativa do MEC, Moisés Bauer afirmou que a organização
defende um sistema misto no qual se preserve o método tradicional para
alfabetizar as crianças deficientes, aliando a incorporação de novos
sistemas como os programas de informática próprios para cegos.

“O sistema braille é fundamental para a formação educacional do cego,
principalmente da 1ª à 4ª séries”, destacou o vice-presidente da ONCB.
Quanto ao atraso na distribuição dos livros didáticos, a instituição
questiona a iniciativa do MEC de cancelar a parceria com a Fundação
Dorina Nowill, responsável pela confecção e distribuição dos livros
didáticos juntamente com o Instituto Benjamin Constant.

Segundo ele, a alternativa apresentada pelo ministério de reestruturar
o sistema, com a capacitação dos estados para confeccionar e
distribuir o material didático, levará pelo menos dois anos até ser
implementada. “Até a semana passada não tinha saído sequer o edital de
licitação para a compra de 554 impressoras que serão distribuídas [aos
estados e escolas capacitadas ao trabalho]”, afirmou.


Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil

Retinas artificiais aproximam-se do uso prático

Barbara Ritzert - 23/10/2009



"Você pode, por assim dizer, não se preocupar por estar cega, sabendo que em

breve o sistema de transplantes estará pronto, e nós teremos uma opção," diz uma

paciente.


Próteses eletrônicas de retina

Pessoas cegas ou com sérios problemas visuais, sofrendo de condições
degenerativas da retina, sentir-se-iam muito felizes se fossem capazes de
reconquistar a mobilidade, andar sem auxílio, serem capazes de levar uma vida
independente, reconhecer faces e ler novamente.

Esses desejos estão documentados em uma pesquisa feita na Europa há cerca de 10
anos. O objetivo da pesquisa era descobrir o que os pacientes esperavam do
desenvolvimento das próteses eletrônicas de retina.

Hoje esses desejos parecem estar se tornando realidade, de acordo com uma série
de apresentações feitas no simpósio internacional Visão Artificial, que aconteceu na semana passada em Bonn, na Alemanha.

Alta tecnologia para as pessoas

Os cientistas estão trabalhando no desenvolvimento de próteses para a retina há
mais de 20 anos. As pesquisas têm sido conduzidas de forma particularmente
intensivas na Alemanha, onde pacientes e cientistas têm trabalhado em conjunto
para conseguir financiamentos governamentais para as pesquisas.

"Não queríamos alta tecnologia apenas para os programas espaciais e militares;
finalmente estamos tendo alta tecnologia também para as pessoas," disse o
professor Rolf Eckmiller, um especialista em neuroinformática da Universidade de Bonn e um dos pioneiros nesse campo.

Os investimentos e os esforços agora estão dando resultado: três dos quatro
grupos que apresentaram progressos durante o evento são da Alemanha, que lidera
claramente as pesquisas na área.

Reta final

Como as apresentações demonstraram, todas as próteses de retina já permitem
impressões visuais, os assim chamados fosfenos. Pacientes que participaram de um
estudo nos Estados Unidos foram capazes de distinguir claro e escuro, registrar
o movimento e a presença de objetos grandes.
Além disso, relatos anteriores de um projeto que está sendo conduzido por um
grupo de pesquisa liderada pelo professor Eberhart Zrenner, na Universidade de
Tübingen, indicam que o reestabelecimento das habilidades visuais dos pacientes
deficientes para a leitura não é apenas um sonho. Alguns pacientes já são
capazes de ler letras se estas possuírem oito centímetros de altura.

"Estamos na reta final", explica o professor Peter Walter, diretor científico do
simpósio. "Os estudos finais antes do lançamento no mercado já começaram ou
estão com data marcada para começar," disse ele.

Esses testes têm como objetivo avaliar a longo prazo a tolerância do organismo
humano aos implantes de retina e seus benefícios na vida cotidiana. Os
pesquisadores esperam que os implantes sejam aprovados para uso médico em 2011.

Voltar a enxergar

Naturalmente, há um grande interesse dos pacientes nos novos produtos. "Em
comparação com estudos realizados há dez anos, os pacientes têm uma ideia muito
mais clara do que esperar das próteses de retina ", diz Helma Gusseck,
coordenadora da Fundação de Implantes de Retina.
Gusseck, que também coordena a Fundação Pró-Retinas, sofre de retinite
pigmentosa, uma condição degenerativa da retina que agora só a permite
distinguir entre claro e escuro.

Para ela, os resultados da pesquisa são um alívio: "Você pode, por assim dizer,
não se preocupar por estar cega, sabendo que em breve o sistema de transplantes
estará pronto, e nós teremos uma opção".

Tipos de próteses da retina

E isto é apenas o começo. "O que estamos vendo são diferentes opções a seguir",
diz Peter Walter. Em um dos sistemas - o Implante Sub-Retinal - o chip é implantado sob uma camada de células nervosas da retina. Lá, da mesma forma que os fotorreceptores da retina, o chip recebe os impulsos de luz, convertendo-os em sinais elétricos e transmitindo-os para as células nervosas da retina.

Implante de retina que utiliza transmissão sem fios dos dados coletados pelos
sensores. A prótese de retina desenvolvida pela equipe do professor
Zrenner em Tübingen e da equipe dos Estados Unidos, liderada por Joe Rizzo e
Shawn Kelly, do Boston Implant Project, em Cambridge, Massachusetts, funcionam seguindo os mesmos princípios.

No caso do chamado Implante Epirretinal, o chip é fixado na porção superior das
células nervosas. Lá, ele recebe dados de uma pequena câmera instalada nos
óculos do paciente e os converte em impulsos para as células nervosas.

Este é o princípio utilizado por outras duas equipes de pesquisa alemãs para a
construção de suas próteses de retina. Um dos sistemas (IRIS) foi desenvolvido
pela empresa Bonn IMI, a outra (EPIRET3) por um consórcio de pesquisa que inclui
cientistas da RWTH Aachen, do Instituto de Sistemas e Circuitos Microeletrônicos
e médicos da Clínica de Olhos da Universidade de Aachen, liderada por Peter Walter.

Implantes oculares do futuro

Juntamente com todos estes sistemas, que diferem entre si de diversas formas, a próxima geração de próteses de retina já está sendo preparada em diversos laboratórios ao redor do mundo.

Engenheiros, especialistas em ciência da computação, biólogos e médicos estão reunindo seus conhecimentos para desenvolver novas estratégias para a ligação de dispositivos eletrônicos ao sistema nervoso.

Equipes de pesquisa na Suíça e no Japão, por exemplo, estão desenvolvendo métodos onde o chip não é mais implantado, permanecendo na derme que protege o olho. Apenas os eletrodos que estimulam as células nervosas da retina são inseridos no interior do olho, por meio de pequenas incisões.
Pesquisadores chineses estão desenvolvendo implantes que estimulam diretamente os nervos ópticos, em vez das células da retina.
E uma equipe norte-americana está tentando estimular o córtex visual diretamente no cérebro. No momento não se sabe quando esses sistemas estarão prontos para testes em pacientes, e mesmo se isso irá ocorrer. Até o momento, todos continuam em fase experimental. Um dos vários tipos de implantes de retina que estão sendo avaliados pelos pesquisadores.

Melodia visual
Foram mostrados projetos muito interessantes de utilização de outros sinais de comunicação entre as células nervosas. Cientistas australianos e norte-americanos estão trabalhando em próteses de retina que produzem impulsos bioquímicos, em vez de impulsos elétricos.
A ideia é que a prótese de retina libere neurotransmissores seguindo padrões controlados espacial e temporalmente, e desta forma estimulem as células nervosas.

A questão que permanece é se as próteses de retina serão de fato capazes de registrar formas, como Rolf Eckmiller espera. "Para fazer isso vamos precisar de uma prótese que seja capaz de entender e produzir um tipo de padrão de impulsos,
uma "melodia", que possa ser reconhecida pelo cérebro como uma forma específica,um copo, por exemplo."

Eckmiller está convencido de que o complexo sistema de visão central - que ocupa um terço do córtex cerebral - só consegue registrar uma forma se a "melodia"
certa for transmitida por um número suficientemente grande de células.