quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

EDITAL DE ELEIÇÃO DO COMDEF-Rio 2010

Foi publicado no Diário Oficial do Municipio do Rio de Janeiro do dia 24 de fevereiro EDITAL DE ELEIÇÃO DO COMDEF-Rio 2010.
O período de inscrição será de 26 de Fevereiro ate 12 de março de 2010.

EDITAL DE CONVOCAÇÃO
Convocação e regulamentação do procedimento para a escolha das Entidades não-governamentais representantes da sociedade civil – Gestão 2010/2012 – no Conselho
Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Cidade do Rio de Janeiro.

O Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Comdef-Rio e a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência do Município do Rio de Janeiro, conforme atribuições previstas no artigo 12, da Lei Municipal 4.729/07, através da sua Comissão Eleitoral, designada pela Comdef-Rio convocam as entidades não-governamentais, juridicamente constituídas, sem fins lucrativos e comunidade de atendimento e/ou prestação de serviços localizadas na Cidade do Rio de Janeiro, e que
atuem no mínimo em uma das áreas de atuação do Comdef-Rio e as pessoas físicas com deficiência das áreas de atuação do Comdef-Rio, para participarem do processo de escolha das instituições que irão compor as vagas da sociedade civil, que será feita em um Encontro Municipal da Pessoa com Deficiência, realizado especificamente para esse fim, mediante a regulamentação abaixo:
Art. 1º. Aplicam-se as regras desse Edital ao processo de escolha dos membros do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Comdef-Rio, entidades não governamentais representantes do segmento da sociedade civil que serão escolhidos, em processo eleitoral, na Plenária dos Encontros Municipais de Pessoas com Deficiência.
Parágrafo Único. O Processo de recepção de votos terá início às 10 horas e terminará às 14 horas, no Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência Mestre Candeia – CIAD, localizado na Av. Presidente Vargas, 1.997 – Cidade Nova – Rio de Janeiro – RJ, e dar-se-á nos Encontros Municipais das Pessoas com Deficiência.
DAS INSCRIÇÕES
Art. 2º. As inscrições ocorrerão no período de 26/02/2010 à 12/03/2010, no Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Comdef-Rio, situado na Av. Presidente Vargas, 1.997 - sala 305 – Cidade Nova - Rio de Janeiro - RJ, das 10 às 17 horas.
Art. 3º. Poderão se inscrever as entidades não-governamentais juridicamente constituídas, sem fins lucrativos e com unidade de atendimento e/ou prestação de serviços localizadas na Cidade do Rio de Janeiro, e que atue, no mínimo em uma das áreas de atuação do Comdef-Rio descritas a seguir:
deficiência física, deficiência mental, deficiência auditiva, deficiência visual, paralisia cerebral, ostomia e renal crônico e, em pelo menos, duas das áreas de atuação referidas para a área de múltiplas deficiências.
Parágrafo Primeiro. As entidades interessadas deverão no ato da inscrição, optar por qual das áreas de atuação do Comdef-Rio se candidatarão, bem como informar o nome de seu representante,conforme disposto no § 3º do artigo 5º da Lei 4.729/07, preenchendo formulário específico, disponível no local de inscrição, e apresentar os seguintes documentos para habilitar-se no processo eletivo:
2
I – cópia do Estatuto da Entidade em vigor (apresentar original e cópia, caso a cópia não seja autenticada), devidamente registrado no Registro Civil de Pessoas Jurídicas - RCPJ, em conformidade com o Código Civil, o qual deverá constar que a Entidade:
a) seja sem fins lucrativos;
b) não tenha vinculação político-partidária;
c) não distribua lucros, bem como não remunere os membros de sua diretoria, em forma de bonificação, vantagens, jetons, etc;
d) no caso de OSIP, apresentar declaração de que não distribui lucros, bem como não remunera os
membros de sua diretoria, em forma de bonificações, vantagens, jetons, etc.
II – ata da eleição e posse da atual diretoria devidamente registrada no Registro Civil de Pessoas
Jurídicas - RCPJ (apresentar original e cópia, caso a cópia não seja autenticada);
III – CNPJ atualizado;
IV – tempo mínimo de 2 (dois) anos de existência jurídica;
V – relatório de atividades do ano de 2009;
VI – declaração de que o representante da instituição cumpre o disposto no § 3º do artigo 5º da Lei Municipal 4.729/07.
Parágrafo Segundo. É permitido a reeleição de Entidades, desde de que atendam os critérios estabelecidos neste edital.
Art. 4º. Os pedidos de inscrição serão avaliados pela Comissão Eleitoral, que publicará em 24/03/2010, no Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro, a relação das entidades aptas a participar do processo eleitoral.
Parágrafo Único. Se na análise do requerimento de inscrição, for verificado o não preenchimento de quaisquer itens concernentes à habilitação, poderá a Entidade, até 31/03/2010 cumprir a respectiva exigência, sob pena de indeferimento da inscrição.
Art. 5º. O resultado final com a relação das Entidades aptas a participar do processo Eleitoral,por Área de Atuação, será publicada no Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro, em 06/04/2010.
DO COLÉGIO ELEITORAL
Art. 6º. O Colégio Eleitoral será constituído, por todas as pessoas com deficiência presentes e habilitadas no respectivo Encontro Municipal de Pessoas com Deficiência, para escolha do representante de sua área.
Art. 7º. Para exercer o direito de voto, a pessoa com deficiência deverá habilitar-se junto à Comissão Eleitoral do respectivo Encontro Municipal, e atender aos seguintes critérios:
3
I – ser pessoa com deficiência prevista na área de atuação do Comdef-Rio, presente no respectivo Encontro Municipal de Pessoas com Deficiência, e comprovar a deficiência através do laudo médico ou Rio Card Especial;
II – ser maior de 16 (dezesseis) anos, demonstrado por meio de documento oficial de identificação;
III – residir, estudar ou trabalhar no Município do Rio de Janeiro.
Parágrafo Primeiro. O local da residência será comprovado por meio de exibição de contas de consumo ou declaração de próprio punho, a qualidade de estudante pela carteira de estudante ou declaração de matrícula, e a qualidade de trabalhador, por meio da carteira de trabalho devidamente anotada, contracheque ou similar ou contrato de trabalho.
Parágrafo Segundo. Para fins desse Edital, é considerado trabalho as atividades exercidas mediante vínculo formal.
Art. 8º. A área de deficiência mental poderá constituir-se de portadores de deficiência mental, prioritariamente, que se sintam capazes de exercer o direito ao voto; de pai/mãe ou representante legal da pessoa com deficiência mental.
Art. 9º. O procedimento de habilitação será realizado no local do Encontro Municipal obedecendo a seguinte ordem:
Manhã
Tarde
Das 09:00 às 11:00 horas
Das 13:00 às 15:00 horas
DO ENCONTRO MUNICIPAL DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Art. 10. Os Encontros Municipais de Pessoas com Deficiência serão realizados nos auditórios do CIAD - Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência – Mestre Candeia, localizado na Av. Presidente Vargas, 1.997 - 3º andar – Cidade Nova, no dia 10/04/2010, conforme a tabela abaixo:
Área de Atuação
Horário
Física
10:00
Múltipla
10:00
Mental
10:00
Visual
10:00
Paralisia Cerebral
14:00
Auditiva
14:00
Ostomia
14:00
Renal Crônico
14:00
Art. 11. O Encontro Municipal de Pessoas com Deficiência compõe-se de:
4
I - abertura pela Comissão Organizadora;
II - apresentação da Mesa Diretora, indicada pela Comissão Eleitoral, composta de 01 (um), presidente,
01 (um) secretário e 03 (três) mesários;
III - relato das atividades do Conselho, referente ao mandato que se encerra;
IV - apresentação das entidades candidatas, com duração máxima de 05 (cinco) minutos cada;
V - votação;
VI - apuração da votação;
VII - divulgação do resultado da apuração; e
VIII - encerramento do Encontro Municipal.
Art. 12. Compete ao Presidente da Mesa:
I - dar início e encerrar os trabalhos;
II - decidir todas as dificuldades e dúvidas que ocorrerem;
III - autenticar com sua rubrica, as cédulas oficiais, numerando-as;
IV - remeter ao Comdef-Rio todos os documentos que tiveram sido utilizados e produzidos durante o Encontro.
Art. 13. Compete ao Secretário:
I – lavrar a ata do Encontro;
II – cumprir as demais obrigações que lhe forem atribuídas pelo Presidente.
Art. 14. Compete aos Mesários:
I – Identificar os votantes de acordo com o segmento de sua habilitação;
II – rubricar as cédulas oficiais;
III – cumprir as demais obrigações que lhe forem atribuídas pelo Presidente.
DA VOTAÇÃO
Art. 15. O quorum mínimo para realização da votação é de 20 (vinte) pessoas habilitadas.
Parágrafo Único. Caso não haja quorum mínimo para realização da votação, a Mesa Diretora e a Comissão Eleitoral definirão data oportuna para novo Encontro Municipal de Pessoas com Deficiência da respectiva área de atuação.
Art. 16. A votação dar-se-á por voto direto, facultativo e secreto ou por aclamação.
Parágrafo Único. A pessoa com deficiência habilitada a votar pode solicitar ajuda técnica ou humana para exercer o seu voto. Neste caso, um servidor público a acompanhará na prática do ato.
5
Art. 17. Cada Entidade candidata terá direito a 01 (um) fiscal para acompanhar a eleição e apuração.
Art. 18. O Presidente da Mesa determinará o início da votação logo após o término do
procedimento de habilitação dos votantes.
Art. 19. Uma vez afixado em local visível os nomes, siglas oficiais das entidades candidatas e indicação de seu representante, em ordem alfabética de entidade, terá início a votação.
Art. 20. A cada eleitor é lícito votar em uma só entidade candidata da área na qual se habilitou e na área de múltiplas deficiências.
DA APURAÇÃO
Art. 21. A apuração dos votos far-se-á logo após a conclusão da votação e da lavratura da Ata de Eleição.
Art. 22. As cédulas oficias, à medida que forem sendo abertas, serão lidas em voz alta por um dos vogais.
Parágrafo Único. As dúvidas relativas às cédulas somente poderão ser suscitadas nesta
oportunidade.
Art. 23. Serão nulas as cédulas:
I – que não corresponderem ao modelo oficial;
II – que não estiverem devidamente rubricadas;
III – que contiverem expressões, frases ou sinais que possam identificar o votante.
Art. 24. Serão nulos os votos:
I – quando forem escritos nomes de instituições que não estiverem participando da eleição;
II – quando a indicação deixar dúvida quanto à vontade do eleitor;
III – quando o eleitor anular a cédula;
IV – quando assinalada com nome de pessoas;
V – quando houver assinalado mais de 01 (um) voto.
Art. 25. As impugnações serão apresentadas à Mesa Diretora e à Comissão Eleitoral, analisadas e decididas desde logo por estas.
Art. 26. Será considerada eleita como membro efetivo a entidade candidata que obtiver o maior número de votos válidos, e como suplente a entidade candidata com a segunda colocação na quantidade de votos válidos.
Parágrafo Único. Para a área de Múltiplas Deficiências serão consideradas eleitas como membros efetivos as 02 (duas) entidades candidatas que obtiverem o maior número de votos válidos, e como suplentes as Entidades Candidatas com a terceira e quarta colocação na quantidade de votos válidos.
6
Art. 27. Verificado o empate que altere o resultado entre titularidade e suplência, realizar-se-á, imediatamente, um segundo turno, ou quantos forem necessários, apenas entre os votos empatados, considerando-se a ordem de classificação desses eleitos.
Parágrafo Único. O Colégio Eleitoral para a realização do desempate será constituído pelas pessoas habilitadas a votar, presentes no momento de sua realização.
Art. 28. Verificado o empate para a suplência, será declarada suplente a entidade candidata mais antiga, considerando a data de registro no Registro Civil de Pessoas Jurídicas – RCPJ.
Art. 29. O Presidente da Mesa Diretora promulgará o nome das entidades, titulares e suplentes, eleitas para compor o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Gestão 2010/2012.
Art. 30. Concluída a contagem de votos, a mesa expedirá boletim de urna contendo o resultado final.
Art. 31. O Presidente da Mesa providenciará a lavratura da ata que deverá ser assinada por todos os integrantes da mesa.
Art. 32. A relação dos eleitos será publicada posteriormente no Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro.
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 33. A veracidade e autenticidade dos documentos apresentados ao cumprimento das
exigências deste Regulamento, são de responsabilidade dos interessados, sob as penas da lei.
Art. 34. Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão Eleitoral

Fonte: www.rio.rj.gov.br/pessoacomdeficiencia

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

PROGRAMA JOVEM APRENDIZ

De 8 a 26 de fevereiro estarão abertas as inscrições para o processo seletivo nacional destinado ao preenchimento de 4.355 *vagas oferecidas pelos Correios dentro do Programa Jovem Aprendiz.
Os interessados podem se inscrever pela internet, acessando a página da empresa, ou nas agências listadas no edital. Os candidatos do antigo Programa Adolescente Aprendiz deverão fazer nova inscrição, já que o edital de 2007 foi anulado em janeiro deste ano, com o objetivo de ampliar o número de cidades e de vagas e, também, ajustar o programa às condições definidas pelo Ministério Público do Trabalho.
Para se candidatar é preciso ter idade entre 14 e 21 anos completos, ter concluído ou estar cursando o ensino fundamental* e pagar uma taxa de R$ 10,00. Não há limite máximo de idade para os portadores de deficiência, sendo que para eles estão destinadas 5% das vagas. Os aprovados serão contratados por dois anos e cumprirão jornada de quatro horas diárias (20 horas semanais). A jornada será dividida entre
atividades teóricas, ministradas em escolas técnicas, e atividades práticas,
desenvolvidas nas unidades administrativas dos Correios. O aprendiz terá direito a um salário mínimo-hora — atualmente R$ 232,00 —, além de vale-transporte, vale-alimentação ou refeição e atendimento médico e odontológico nos ambulatórios da empresa. O edital completo está disponível na internet, no endereço www.correios.com.br, em Institucional / Concursos.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Tela é novo desafio para engenheiro

Miguel Helft, do New York Times

T. V. Raman (*emacspeak.sourceforge.net/raman*)
foi uma criança estudiosa que desenvolveu amor por matemática e charadas
logo cedo. E a paixão não mudou quando um glaucoma levou sua visão aos 14
anos. Mudou o papel da tecnologia em ajudá-lo a atingir metas.
Raman agora é um respeitado especialista em computação e engenheiro do
Google.

No caminho, ele construiu uma série de ferramentas para ajudá-lo a tirar
vantagem de objetos que não haviam sido desenhados para cegos. Ele criou
desde um cubo de Rubik coberto de sinais em braile até um programa que lê
complexas fórmulas de matemática.
O próximo passo do engenheiro é tentar adaptar os celulares com tela
sensível ao toque.
Sem botões para guiar os dedos, o celular touch- screen pode parecer um
desafio assustador, mas o engenheiro diz que os aparelhos podem ajudar os
deficientes visuais a navegar pelo mundo. "O celular poderia dizer "ande
para frente 200 metros e você chegará no cruzamento"."
Para mostrar seu progresso no trabalho com smartphones, ele puxa o seu
aparelho com tela sensível ao toque, que funciona com o Android. O celular
já tem com um programa leitor de tela, e agora ele e seu colega Charles Chen
estão desenvolvendo maneiras de permitir que deficientes visuais possam
digitar textos, números e comandos pela tela. Isso deve complementar os
sistemas de reconhecimento de voz, nem sempre confiáveis.
Já que não pode digitar precisamente, Raman criou um discador que funciona
com posições relativas. O programa interpreta o lugar que Raman toca
primeiro como sendo o número cinco (o centro de um discador normal). Para
digitar outro número, ele desliza o dedo em direção à posição esperada do
próximo dígito.

Fonte: Folha de São Paulo - Suplemento de Informática - 27/01/2010

Programas leitores de tela permitem navegação na rede

Graças aos programas leitores de tela, aproveitar o que há na internet
também é possível para quem não enxerga. Uma voz -às vezes robótica e fanha
demais- lê tudo o que está na tela e, em alguns casos, o software pode
traduzir o que está na página para uma espécie de teclado que reproduz o
sistema de linguagem braile.
Uma opção é o Jaws, vendido pelo Laratec
(*www.laratec.org.br*),
a parte tecnológica da Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente
Visual.
A licença de instalação sai caro (R$ 2.400), mas o programa é adaptável e,
com ajustes, pode ler softwares específicos de empresas, segundo Leonardo
Gleison, técnico em tecnologia assistiva do Laratec. Gleison não enxerga
desde 2002 e considera os leitores uma "janela aberta para o mundo".
Já Antonio Carlos Grandi, deficiente visual há dez anos, coordenador e
instrutor de informática da Fundação Dorina Nowill, defende o uso do
VirtualVision, que também sai caro, por R$ 1.800
(*www.micropower.com.br*).
Grandi diz que o programa é bom para ler softwares como o Microsoft Word, o
Excel, o Outlook e o Internet Explorer.
Segundo Gleison, cada um é acostumado com um programa e sua voz. No início,
a leitura é feita em velocidade menor, mas com a adaptação a voz fica tão
rápida que quem enxerga não consegue entender. Os comandos são feitos no
teclado.
Uma opção gratuita é o NVDA, um software visto como "quebra-galho" pelos
entrevistados. Segundo Gleison, o programa tem dificuldades em ler tabelas e
tem uma voz de entendimento ruim. Grandi o destaca como opção para deixar
instalado em um pendrive e usá-lo em qualquer lugar.
Os três programas rodam em Windows e têm um problema: não podem ler as
imagens. Assim, parte da navegação na internet é perdida. Mas Grandi afirma
que alguns sites podem ser mais acessíveis se descreverem as imagens da
página e os campos de formulários colocados neles.

No próprio sistema

O Narrator, do Windows 7 (*bit.ly/msnarra* ), lê
textos na tela e descreve eventos, como mensagens de erro; o VoiceOver (
bit.ly/vover), para Mac OS, lê textos de documentos e janelas

Nos Estados Unidos: Maioria das crianças cegas não sabe ler Braille
Quase 90% das crianças norte-americanas com deficiência visual não sabem ler
e escrever porque não aprendem braile ou não têm acesso a ela, segundo a
Federação Nacional dos Cegos dos EUA. Para a organização, existem poucos
professores qualificados, conceitos errados sobre o uso da linguagem (o
braile visto como fator isolante) e crianças que têm baixa visão são
privadas de aprender os sinais.


Fonte: Folha de São Paulo - Suplemento de Informática - 27/01/2010

Acessibilidade à informação é foco de softwares e projetos

Projetos e associações do Brasil e do exterior buscam tornar acessíveis os
avanços da tecnologia, que, de início, podem excluir alguns.
Na Fundação Dorina Nowill, Pedro Milliet e Eduardo Peres desenvolveram um
complemento para Firefox que lê livros no formato Daisy -padrão
internacional que define a estrutura na qual um livro digital deve ser
montado.
Com o DD Reader
(*www.caracol.com.br/ddreader*),
é possível ouvir livros e navegar pelo programa ao som das vozes de
Gabriela, Fernanda e o Felipe -segundo Milliet, é comum dar às vozes os
nomes dos dubladores. O leitor funciona somente no sistema Windows por
enquanto.
Já no Instituto Nokia de Tecnologia são desenvolvidos aplicativos de celular
para quem tem baixa visão, daltonismo ou é surdo. Com o Color Detector (nome
provisório) instalado no celular, o usuário pode apontar a câmera do
aparelho para alguma coisa e ver a cor que está sendo mostrada escrita por
extenso na tela.
Já com o AudioAid (nome provisório), o deficiente auditivo pode sentir sons
do ambiente por meio da vibração do celular. Assim, sons como campainhas ou
alarmes são traduzidos em vibração.
Esses dois aplicativos ainda estão em desenvolvimento, mas em
*www.ovi.com*já é possível instalar o Nokia
Magnifier, uma lupa eletrônica que usa a
câmera do aparelho. O programa é para quem tem baixa visão e pode ser usado
em celulares Nokia da série S60.
No meio universitário, a Unicamp desenvolve um projeto para tentar garantir
a permanência de seus alunos deficientes no o curso
(*bit.ly/projetounicamp*).
Fora do país, a AbilityNet (*bit.ly/abilitynet* )
oferece gratuitamente uma amostra de um programa que verifica o quão
acessível seu site é.
Já em *papunet.net/english* , é possível
encontrar jogos que podem ser usados na reabilitação de algumas
deficiências. (AD)

Fonte: Folha de São Paulo - Suplemento de Informática (27/01/2010)

Estudos tentam tornar telas sensíveis ao toque mais acessíveis para quem tem

Amanda Demetrio, Folha de São Paulo- 27-1-2010

O poder de comandar um dispositivo por meio de uma tela sensível ao toque
está tão presente no mundo dos fanáticos por informática que nem sempre
lembramos que essa tecnologia ainda não é acessível a todos. O Censo do IBGE
de 2000 estima que mais de 16 milhões de brasileiros tenham dificuldades em
enxergar.
Desse total, os totalmente cegos são os que mais perdem, já que não podem
localizar em qual região da tela devem clicar para que as atividades sejam
executadas. Na edição de 2009 da CES, feira de eletrônicos em Las Vegas, o
cantor Stevie Wonder reclamou: "Se vocês puderem dar alguns passos à frente,
poderão nos dar a excitação, o prazer e a liberdade de fazer parte disso".
Foi mais um incentivo para pesquisas que pensam como as superfícies podem
interagir melhor com os deficientes visuais, sem perder o encanto.
Um dos projetos é o da equipe de Chris Harrison, estudante e pesquisador da
Universidade Carnegie Mellon (EUA). O grupo tenta desenvolver uma superfície
que fique entre a rigidez dos botões físicos e a flexibilidade das telas
sensíveis.
"Os botões físicos proporcionam interações que dispensam a visão, mas isso
limita as possibilidades de uso da tela. E a tecnologia touchscreen dá
extrema flexibilidade no uso da superfície, mas não tem características
táteis", explicou Harrison, em entrevista à Folha.
Ficar no meio não é nada simples. A tela foi desenvolvida com um material
elástico e deformável. São várias camadas empilhadas com regiões deformáveis
que, segundo ele, podem ser moldadas de diversas maneiras. E tudo isso é
feito com material translúcido, o que faz com que a tela possa mostrar
diferentes imagens.
Segundo Harrison, a equipe tem conversado com algumas empresas e a
tecnologia está pronta -"ocorreram melhoras desde o último trabalho
publicado". Veja mais em *bit.ly/telasensivel* .
Já no Reino Unido, na Universidade de Glasgow, pesquisadores montaram uma
espécie de resposta vibratória para usuários do iPhone. Com o
iphone-haptics, a ideia é que o usuário sinta uma resposta ao interagir com
o telefone. Veja em *bit.ly/pesquisaglasgow*
.
O próprio iPhone, em sua versão 3GS, tenta se adaptar e traz o VoiceOver, um
leitor de telas que diz ao usuário sobre qual botão ele está colocando o
dedo. Se é ali mesmo que ele precisa clicar, é só dar um segundo toque. A
voz do iPhone é bastante robótica, mas se vira bem falando português -ela
consegue até dar certa ênfase em algumas sílabas.
Outro programa difundido para celulares é o Talks, que funciona em alguns
celulares da Nokia. "É uma ferramenta de independência, era muito ruim ter
que pedir para alguém ler as mensagens de texto pra mim", diz Leonardo
Gleison, técnico do Laratec (laboratório de tecnologia da Associação
Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual). O programa sai por cerca de
R$ 700.
Nos testes, o programa funcionou bem. Além de ler o que está na tela, ele
dá, por meio de um número, a posição do item dentro do menu. O Talks
funciona com o teclado físico do celular.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Ministério da Saúde investe R$ 39,1 milhões em serviço para pessoas com

O recurso será para implantar unidades de reabilitação visual, que tratarão pacientes desde o diagnóstico ao fornecimento de recursos ópticos de reabilitação

Os brasileiros com baixa visão ou cegueira vão contar com novo serviço no Sistema Único de Saúde (SUS). O Ministério da Saúde liberou recurso de R$ 1,9 milhão para implementar as primeiras cinco unidades de reabilitação visual do país, que vão atender, em média, 7,5 mil pessoas por ano. Serão 75 unidades no país distribuídas em todos os estados, até 2011, um investimento de R$ 39,1 milhões fornecidos no SUS, como óculos especiais, sistemas telescópicos, lupas, próteses visuais e bengalas.

Outra novidade no tratamento da pessoa com deficiência visual é a ampliação da oferta de equipamentos para auxiliar na reabilitação visual, que passou de 4 para 10 tipos (veja lista abaixo). Agora, o SUS vai fornecer óculos com lentes filtrantes para controle da iluminação. Esse recurso óptico evita a fotofobia causada pela ausência de pigmentos de melanina, no caso de albinos, por exemplo. Também serão financiados sistemas telescópicos monoculares e binoculares, utilizados para ampliar a imagem para distâncias longas, intermediárias e curtas.

Também foram incluídos dois tipos de lupa, uma manual com ou sem iluminação e uma de apoio (para pessoas que têm tremores nas mãos), com ou sem iluminação. Antes, era fornecida um tipo de lupa, a comum.

As primeiras unidades estão localizadas em São Paulo e no Rio de Janeiro
(veja lista abaixo). São hospitais, associações, institutos ou clínicas que
já fornecem algum tipo de serviço em oftalmologia, mas receberão recursos para
oferecer a reabilitação visual. Eles passarão a ser credenciados ao SUS. O
investimento vai custear avaliação e acompanhamento oftalmológicos, tratamento terapêutico especializado, acompanhamento com equipe multiprofissional para a reabilitação do paciente e a concessão dos onze recursos ópticos, dos quais sete são novos.

O usuário será acompanhado por oftalmologistas, pedagogos, fisioterapeutas,
terapeutas ocupacionais, psicólogos, assistentes sociais e técnicos em orientação
e mobilidade. A atenção especializada e integral a essas pessoas é uma
novidade na rede pública de saúde. Com o novo serviço, um deficiente visual
que é atendido em ambulatórios de oftalmologia receberá o diagnóstico de baixa
visão ou cegueira e poderá ser encaminhado para uma unidade de reabilitação.

"O serviço é um avanço na implantação da Política Nacional de Saúde para
Pessoa com Deficiência. Nele será oferecido o atendimento necessário para
que a pessoa com baixa visão ou cegueira desenvolva suas potencialidades e
enfrente com maior autonomia as dificuldades no seu dia-a-dia", afirma Érika
Pisaneschi, coordenadora da Área Técnica Saúde da Pessoa com Deficiência do Ministério da Saúde.

Uma pessoa que fica cega, por exemplo, pode adquirir habilidades para caminhar na rua e movimentar-se em casa com maior autonomia. Pacientes com baixa visão muitas vezes não sabem utilizar os recursos ópticos com destreza. A adaptação aos equipamentos faz parte do processo de reabilitação que irá, por exemplo,

orientá-lo a focar melhor seu campo visual. Há aqueles, ainda, que não
aceitam sua nova condição e resistem o uso dos recursos ópticos. O trabalho
do psicólogo, neste caso, será crucial para conscientizá-lo da importância do uso dos

equipamentos para melhor qualidade de vida.

As outras unidades serão implantadas no país conforme adesão dos estados e municípios, que devem identificar nas cidades as unidades capazes de oferecer o serviço e encaminhar processo de habilitação do serviço ao Ministério da Saúde.

ESTATÍSTICA - De acordo com a Organização Mundial da Saúde, no Brasil, a prevalência de cegueira na população é de 0,3% e de baixa visão, 1,7%, A pessoa com baixa visão é aquela que mesmo após tratamentos ou correção óptica apresenta diminuição considerável de sua função visual. A maior parte da população considerada cega tem, na verdade, baixa visão e é, a princípio, capaz de usar sua visão para realizar tarefas. Para cada pessoa cega há em média, 3 ou 4 com baixa visão. Já o paciente com cegueira é aquele que perde totalmente a visão por diversas causas, que vão desde traumas oculares até doenças congênitas.


A prevalência de doenças oculares que levam ao comprometimento da visão cresce com o avanço da idade. As taxas maiores de cegueira e baixa visão são observadas com o aumento da vida média da população. Na população com mais de cinqüenta anos de idade as principais causas de cegueira são: catarata, o glaucoma, a retinopatia diabética e a degeneração macular (perda da visão no centro do campo visual, a mácula) relacionada a idade.

POLÍTICA NACIONAL - A Política Nacional da Pessoa com Deficiência criada pelo Ministério da Saúde busca proteger a saúde e reabilitar a pessoa com deficiência.

Os recursos para a política tiveram acréscimo de R$ 115 milhões em 2009, sendo que R$ 75,5 milhões já foram repassados aos municípios. Os 39,1 milhões restantes serão destinados a implantação dos serviços de reabilitação visual.

De 2002 a 2009, foram implantadas 53 unidades em reabilitação física, totalizando 156 existentes no país. Hoje o país já conta com 142 unidades de saúde auditiva, implantadas a partir de 2004. Essas unidades, que promovem a reabilitação e a aquisição de órteses e próteses para pessoas com deficiência física ou deficiência auditiva atendem entre 280 a 300 mil pessoas por ano.

A redução da fila de espera por órteses e próteses e a melhora na qualidade do atendimento a pessoas com deficiência é uma das metas do programa Mais Saúde do Ministério e da Agenda Social de Inclusão das Pessoas com Deficiência do Governo Federal. Lançada em 2007 (Decreto 6.215 de set/07), a Agenda tem o objetivo de promover maior cobertura das ações para os 14,5% da população que possuem algum tipo de deficiência.

TOTAL INVESTIDO
Irmandade da Santa Casa de São Paulo
São Paulo (SP)
R$ 371.243,51

Instituto Rio Pretense dos Cegos Trabalhadores (IRTC)
São José do Rio Preto (SP)
R$ 371.243,51

Conderg - Hospital de Divindolândia
São João da Boa Vista (SP)
R$ 371.243,51

Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto
Ribeirão Preto (SP)
R$ 371.243,51

Associação Fluminense de Amparo aos Cegos (AFAC)
Niterói (RJ)
R$ 440.851,67

TOTAL
R$ 1.925.825,71


Novos recursos ópticos a serem oferecidos no SUS

- Óculos com lentes esferoprismáticas: serve para aproximar a visão de
objetos em uma distância mais próxima.
- Óculos com lentes asféricas positivas: serve para enxergar objetos de
forma tanto mais próxima quanto mais distante.
- Lupa manual com ou sem iluminação: utilizada para leitura e ampliação de
imagens.
- Lupa de apoio com ou sem iluminação: também é usada para leituras e para
ter uma visão mais de perto. A diferença é que serve para pessoas que têm
tremor ao segurar objetos e/ou dificuldades de sustentar um objeto com as mãos.
- Sistema Telescópico manual monocular com foco ajustável: é um mini
telescópio monocular que serve para visualizar objetos a distância. É
ajustável para ampliar a imagem para distâncias longas, intermediárias e curtas.
- Sistema Telescópico manual binocular com foco ajustável: utilizado para
aproximar a visão. É montado para evitar a movimentação e fixar melhor a
imagem.
- Óculos com lentes filtrantes: utilizadas para controle da iluminação, para
diminuir o desconforto visual, diminuir o ofuscamento, aumentar o contraste
e a resolução da imagem. Evita a fotofobia causada pela ausência de
pigmentos de melanina como no caso das pessoas com albinismo.

Fonte: Ministério da Saúde

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

"Senta Que eu Empurro!"

O bloco “Senta Que eu Empurro” foi criado por um grupo de pessoas com deficiência- dentre eles, funcionários do IBDD- no carnaval de 2008. Desde então, o bloco vem se mostrando peça fundamental para a cidadania e inclusão nessa grande festa popular brasileira. Em clima de alegria e descontração, pessoas com ou sem deficiência mostram que têm muito samba no pé, nas muletas e nas cadeiras de rodas.

Como Ana Cláudia Monteiro, gerente de Apoio à Pessoa com Deficiência do IBDD e organizadora do evento. Em 2008 e 2009, ela foi porta-estandarte do bloco carnavalesco. E ainda desfila em escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro, na ala dos cadeirantes.

Ou como Viviane Macedo, atleta do IBDD e tricampeã brasileira de Dança em Cadeira de Rodas. Nesse ano, ela será porta-estandarte do “Senta Que Eu Empurro”. O mestre-sala será seu parceiro das competições de dança, Luís Cláudio: “Vai ser um acontecimento. Porta-estandarte na avenida é uma coisa; na rua, tudo é muito diferente, mais intenso, é outra coisa. Na rua, as pessoas vão saber que, mesmo em cadeira de rodas, podemos brincar, sambar, e fazer um belíssimo bloco. E vão entender a verdadeira alegria do Carnaval”, diz Viviane, que também é funcionária do IBDD. Na Sapucaí, ela já mostrou que entende do ofício. Em 2005, foi porta-estandarte da Escola de Samba Tradição. No entanto, a nossa tricampeã gosta mesmo é do Carnaval de rua. “Eu prefiro. O carnaval da avenida é muito cheio de regras. Temos que nos prender a elas. A rua é muito melhor. Podemos exaltar nossa alegria de vida, sem preocupações. Mas com a experiência que temos na avenida e em competições de dança, eu e o Luís Claúdio vamos fazer um belíssimo trabalho. Nos esperem lá”, declara, com confiança.

O nome “Senta que eu empurro” ao mesmo tempo que retrata o universo da pessoa com deficiência, exprime um pouco da malícia e a sensualidade de nosso carnaval. “Esse nome é genial!, elogia a ex-técnica da seleção brasileira de ginástica olímpica, Georgette Vidor, cadeirante há 12 anos e frequentadora assídua do bloco: “ É um evento muito organizado. As pessoas são sempre muito animadas,descontraídas e felizes. E ninguém tem que seguir as regras rígidas dos desfiles da Sapucaí”. Para o integrante da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, Andrei Bastos, o “Senta Que Eu Empurro” não é só um bloco carnavalesco, é “uma fantástica expressão da alegria de viver das pessoas com deficiência”, diz o jornalista, cadeirante, ex-mestre sala do bloco.

É o que também pensa Georgette, “ É um momento de inclusão social super-importante e interessante: é mais uma forma de agregar pessoas com ou sem deficiência e de mostrar que todos nós temos uma vida normal, cheia de alegria e de felicidade. Basta olhar no rosto de cada um no dia do desfile.”

E para enxergar esse brilho no olhar, sorriso no rosto e foliões com muito samba- seja no pé, nas muletas ou cadeira de rodas- venham participar este ano. O bloco vai desfilar dia 12 de fevereiro, sexta-feira, e sairá da porta do IBDD, na Rua Artur Bernardes, no bairro do Catete. A concentração será às 18 horas. Os foliões exaltarão suas energias de lá até a Rua Dois de Dezembro, atravessando trecho da Rua Bento Lisboa, finalizando em frente ao Restaurante Paraíso do Chopp.

A camisa do evento custa R$15,00 e já está à venda. Poderá ser comprada no próprio IBDD ou pelo telefone 3235-9290 ou 91812750(Ana Cláudia).

Mestrandos da Poli-USP desenvolvem aparelho que identifica notas de dinheiro

Está em gestação na Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP) um aparelho capaz de "falar" qual é a cor de um objeto ou qual é o valor de
uma nota de dinheiro. A iniciativa, realizada dentro do Programa Poli Cidadã, é dos mestrandos Fernando de Oliveira Gil e Nathalia Sautchuk Patrício, ambos engenheiros
da computação. A principal inovação da dupla é a intenção de criar um aparelho de baixo custo.

Para isso, eles têm usado as chamadas tecnologias abertas, tanto para desenvolver o programa quanto a parte eletrônica. O objetivo é tornar esse tipo de tecnologia
acessível a deficientes visuais de baixa renda.

Batizado de Auire, o projeto é um dos 42 finalistas de uma competição organizada pelo Unreasonable Institute. O objetivo da entidade é buscar empreendedores
sociais ("unreasonable people", isto é, que acreditam na mudança social) que desenvolvam planos de negócios economicamente sustentáveis.

O instituto escolherá os 25 primeiros finalistas que arrecadarem US$ 6,5 mil em doações. No caso do projeto de Gil e Nathalia, a colaboração pode ser feita
pelo site www.auire.com.br. Os recursos serão usados para custear os responsáveis pelo projeto durante um programa de incubação de 10 semanas na sede do instituto,
nos Estados Unidos.

O aparelho foi inicialmente desenvolvido por Nathalia durante sua graduação. A ideia foi sugerida pela Fundação Dorina Nowill para Cegos. No final do ano passado,
Gil uniu-se a ela para elaborar um plano de negócios para o concurso.

Segundo ele, não existe no mercado um equipamento desse tipo feito com tecnologia nacional e adequado às cédulas de real. Os modelos disponíveis são importados
e não reúnem as duas funções: ou são identificadores de cores ou de cédulas de dinheiro. "Sem contar que o custo dos que existem hoje é elevado: varia de R$ 600
a R$ 1,2 mil", diz Gil.

O aparelho conta com três sensores de luz - um para azul, um para verde e outro para vermelho - e um emissor de luz branca para iluminar os objetos. Com base
nas informações dos sensores, um microprocessador identifica a cor, que tem seu nome reproduzido sonoramente.

No caso das notas de dinheiro, o funcionamento é similar. A diferença é que o aparelho produz um som que indica o valor da cédula. Por enquanto, o protótipo
só emite sons quando conectado a um computador. O próximo passo de Gil e Nathalia será incorporar o sistema a um modelo compacto e móvel. Segundo Gil, também é preciso
melhorar o processo de identificação. O sistema atualmente confunde cédulas de R$ 2 e R$ 100, de cor similar. "Estamos modificando o software e testando outros modelos
de sensores", diz.

De acordo com Gil, o objetivo é iniciar a produção do aparelho dentro de um ano. "Vamos abrir uma empresa para fazer a montagem. Já tem bastante gente interessada, incluindo fundações", afirma.

Usado como identificador de cores, o aparelho pode ser útil para auxiliar pessoas com problemas de visão a escolher roupas e calçados, fazer compras no supermercado
(pela cor do refrigerante, por exemplo) ou identificar remédios.


Sem patente
Outro diferencial do projeto é que, como estão usando tecnologias abertas, Nathalia e Gil não patentearão o aparelho. "Se outras empresas quiserem copiar o
Auire e produzir algo similar, elas poderão. É até bom, pois haverá mais gente vendendo esse tipo de produto a preço baixo. Nosso foco é impacto social, não lucratividade.
Um dos nossos objetivos é baixar o preço desse tipo de equipamento no mercado e levar a tecnologia para quem realmente precisa", afirma Gil.

(João Paulo Freitas)

Brasil Econômico, 5/2)

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Rio e São Paulo terão os primeiros centros de reabilitação visual pelo SUS no país

As cinco primeiras unidades de reabilitação visual do Sistema Único de Saúde (SUS) serão instaladas para atender cerca de 7,5 mil pessoas cegas ou com baixa visão por ano. Os pacientes terão à disposição equipamentos ópticos, tratamento terapêutico e acompanhamento médico para desenvolverem habilidades para enfrentar as dificuldades causadas pela perda visual, como caminhar na rua e realizar tarefas em casa.

O Ministério da Saúde informou que liberou R$ 1,9 milhão para a instalação dos primeiros centros no Rio de Janeiro e em São Paulo, mas não disse quando o sistema começa a atender os pacientes. O dinheiro será repassado a clínicas, hospitais e instituições que já prestam algum serviço oftalmológico e serão credenciados ao SUS. A previsão do governo é instalar mais 70 unidades em outros estados até 2011, somando R$ 39,1 milhões.

Segundo o ministério, a oferta gratuita de aparelhos para a reabilitação foi ampliada de quatro para dez tipos. Entre os novos equipamentos estão lentes para visão de perto e de longo alcance, lupas (com ou sem iluminação) para leitura e ampliação de imagens e sistema telescópico para visualizar objetos à distância.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 0,3% de uma determinada população tem cegueira e 1,7% baixa visão. Com o avanço da idade, crescem as chances de doenças oculares que levam à perda da visão. Na faixa acima dos 50 anos, as mais comuns são catarata, glaucoma, retinopatia diabética e a degeneração macular (centro do campo visual).

fonte:http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4244816-EI306,00-Rio+e+Sao+Paulo+terao+os+primeiros+centros+de+reabilitacao+visual+pelo+SUS+no+pais.html

03/02/2010

Passageiro cego será indenizado por negativa de embarque de seu cão-guia

A Gol Transportes Aéreos S.A. foi condenada a indenizar passageiro cego que não pode embarcar no vôo acompanhado de seu cão-guia. Receberá danos morais e materiais, de acordo com decisão da 12° Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. O autor, deficiente visual, sustentou que a empresa ré não autorizou seu embarque em de Porto Alegre para Maringá, acompanhado do seu cão-guia "JADA". Conseguiu embarcar
apenas no dia 13/11/05, após concessão de liminar concedida no plantão judiciário. A companhia aérea alegou que impediu o embarque no porque o autor não portava a documentação exigida para ingresso do animal na aeronave e que apenas observou norma do Ministério da Aeronáutica ao exigir a documentação do animal (atestado de sanidade). Condenada na Comarca de Bento Gonçalves, interpôs apelo ao TJ. O Desembargador relator do recurso, Orlando Heeman Júnior, mencionou que no momento do
embarque o passageiro portava os certificados de habilitação do animal como cão-guia e de controle de vacinas, além de atestado de saúde firmado por médica veterinária. Sendo assim, concluiu que a ré agiu de forma equivocada ao vedar o embarque do autor, pois este apresentava a documentação exigida. Danos materiais O autor será ressarcido de despesas materiais extras comprovadas, pois teve de retornar a Bento
Gonçalves, onde reside, e dois dias depois voltar a Porto Alegre para finalmente embarcar ao destino. Esses gastos corresponderam à taxa de transferência de vôo, despesas com motorista, gasolina e pedágio, totalizando R$ 746,00. Não foi concedido o valor referente aos honorários advocatícios referentes ao ajuizamento da ação cautelar. Dano moral O dano moral foi considerado caracterizado, em decorrência do
sentimento de frustração por parte do autor, já que era a primeira vez que viajava sozinho, acompanhado somente do cão-guia. Avaliou contudo que o abalo não foi de extrema gravidade, devendo haver reparação pelo incômodo e perturbação ocasionados. Fixou o valor em por danos morais em R$ 9 mil, reduzindo para a metade o valor que havia sido fixado em sentença. A sessão ocorreu em 3/12/09. Votaram de acordo, o
Desembargador Cláudio Baldino Maciel e a Desembargadora Judith dos Santos Mottecy. Proc. 70029549078 Fonte: TJRS

BC lança a segunda família de cédulas do Real

Brasília - O Conselho Monetário Nacional aprovou hoje, em reunião extraordinária, o lançamento da segunda família de cédulas do Real. A nova séria de notas entrará em circulação gradualmente até 2012, mas as notas em circulação continuação a valer até a substituição integral. Lançada em julho de 1994, a série de cédulas atual permaneceu praticamente inalterada por 15 anos.

Um novo design para o dinheiro brasileiro

O projeto das novas cédulas brasileiras vem sendo desenvolvido desde 2003 pelo Banco Central em conjunto com a Casa da Moeda do Brasil – CMB, responsável pela produção do dinheiro. As novas cédulas do Real atenderão a uma demanda dos deficientes visuais, que até então enfrentavam dificuldade em reconhecer os valores das notas. Com tamanhos diferenciados e marcas táteis em relevo aprimoradas em relação às atuais, a nova família de cédulas facilitará a vida dessa importante parcela da população. Dotadas de recursos gráficos mais sofisticados, as notas ficarão mais protegidas contra as falsificações.

A temática da atual família – efígie da República nos anversos e animais da fauna brasileira nos reversos – será mantida, porém os elementos gráficos foram redesenhados, de forma a agregar segurança e facilitar a verificação da autenticidade pela população. A nova família vai manter a diferenciação por cores predominantes, aspecto que facilita a rápida identificação dos valores nas transações cotidianas, inclusive por pessoas com visão subnormal.

As primeiras cédulas a serem lançadas serão as de R$ 100 e de R$ 50, que demandam maior segurança contra falsificações por serem os valores mais elevados em circulação. A substituição do meio circulante será feita aos poucos, à medida que as cédulas atualmente em circulação forem retiradas em decorrência do desgaste natural. No primeiro semestre de 2011, serão lançadas mais duas denominações – R$ 20 e R$ 10 –, devendo toda a nova família estar em circulação em um período de dois anos.

Tecnologia de ponta

Para produzir as novas cédulas com os recursos gráficos e novos elementos de segurança especificados no projeto, a Casa da Moeda do Brasil (CMB) modernizou seu parque fabril. Para tanto, a empresa obteve em 2008 o aporte de recursos necessário para a aquisição de equipamentos de última geração na área de impressão de segurança. As novas máquinas se encontram em processo de instalação e testes, devendo estar prontas para a produção ainda durante o primeiro semestre de 2010. Com as aquisições, a CMB se equipara às empresas mais modernas do mundo no ramo da impressão de segurança, e se torna apta a oferecer seus serviços a outros países, como já ocorreu no passado.

Real: uma moeda que veio para ficar

Nos mais de 15 anos de Real, as cédulas brasileiras têm exercido seu papel sem nenhuma incidência grave em termos do volume de falsificações. No entanto, a popularização das tecnologias digitais, faz com que o Banco Central se preocupe em agir preventivamente de forma a continuar garantindo a segurança do nosso dinheiro nos próximos anos. Na atualidade, esta é uma realidade não só no Brasil, mas em todo o mundo: as autoridades emissoras têm buscado atualizar o design de suas cédulas com maior frequência, a fim de agregar elementos de segurança tecnologicamente mais sofisticados, capazes de resistir às investidas dos falsários.

Mais detalhes acesse:
http://www.bcb.gov.br/Pre/ASIMP/faq2familiareal.asp

Fonte: http://www.bcb.gov.br/noticias/Noticias.asp?noticia=1&idioma=P&cod=2445

03/02/2010

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Inclusão Pelo Toque Instituto ensina massagem oriental

Istoé

Inclusão Pelo Toque Instituto ensina massagem oriental a deficientes visuais e melhora perspectivas de vida e de trabalho

Mônica Tarantino

Todo vestido de branco, o deficiente visual José Luiz Oliveira, 39 anos, chega cedo à praça Benedito Calixto, no bairro de Pinheiros, zona oeste de São Paulo.
Depois de tomar um café e fazer exercícios de alongamento para braços, pernas e coluna, ele está pronto para dar início às sessões de massagem que variam entre
15 minutos e uma hora. Das 9h até cerca de 19h, ele atenderá, em média, 30 pessoas. Na mesma sala, cedida gratuitamente para massagem pela associação dos amigos
da praça, encontramse mais duas massagistas com deficiência visual, Aparecida Santos e Samantha Gouvea. Os três são formados na mesma instituição, a Escola Profissionalizante Oniki, na Vila Guilhermina, zona leste de São Paulo. Antes de estudar massagem, Oliveira era pedreiro, armador e eletricista. Há nove anos, perdeu a visão por causa de glaucoma e uma doença chamada retinose pigmentar. Passou por muitas dificuldades até ser levado pela irmã, Maria da Saúde, também cega, à escola de massagistas.
Agora, Oliveira diz que não tem mais do que se queixar. "Aprendi a fazer massagem oriental, tenho uma profissão e ganho o suficiente para me sustentar. Voltei
a me sentir bem", explica ele, que recebeu o diploma de massoterapeuta há dois anos e encontrou um caminho para a inclusão no mercado de trabalho. "Alunos como
Oliveira são a concretização do ideal do fundador da escola, o massagista Ichijiro Oniki", diz Fernando Takahama, administrador da escola que já formou 100 massagistas
com deficiências visuais.

Cego desde a infância, Oniki aprendeu o ofício por meio de um programa do governo japonês destinado a garantir uma formação aos deficientes visuais. Depois de
estudar, fundou uma escola para ensinar outras pessoas como o mesmo problema e fez viagens à América Latina para dar palestras. "Ele ficou chocado quando um deficiente
visual perguntou, no Peru, se poderia casar e ter filhos", conta Takahama. "Entendeu que havia muito desamparo e decidiu se instalar em São Paulo, onde havia maior número de pessoas cegas." Em 1990, Oniki pegou as economias e, com a mulher, Junko, comprou o prédio onde fica a sede da escola, em São Paulo. Com a morte do mestre, em 2007, aos 94 anos, o discípulo ficou incumbido de levar seu projeto adiante. "Não é fácil porque não temos suporte, a não ser as mensalidades. Por isso, para manter a escola, passamos a aceitar pessoas sem problemas de visão no período noturno", diz Takahama, que enxerga bem e aprendeu o ofício com Oniki. "Deixei de ser bancário para trabalhar na escola. Isso mudou minha vida", diz. No Japão e na China, onde a massagem terapêutica é uma prática tradicional, é comum ser ministrada por pessoas com deficiência visual há centenas de anos. Apesar de ser uma opção muito mais recente no Brasil, a especialização tem se mostrado um meio eficiente para ampliar o campo de trabalho, sobretudo para quem tem deficiência visual. "O setor de bemestar é um dos que mais cresceram na última década", diz Takahama.

Secretaria da Pessoa com Deficiência promove o Carnaval da

JB Online

RIO - A Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPD) promove em
fevereiro a oitava edição do “Carnaval da Inclusão”, que reúne anualmente
cerca de 1.500 participantesentre beneficiários dos programas desenvolvidos pela Prefeitura e seus familiares, além de diversas autoridades municipais e estaduais.

Este ano a festa será no dia 4 de fevereiro, das 13h às 17h, na quadra da
escola de samba Portela (Rua Clara Nunes, 81 – Madureira).
Além da camiseta personalizada, que vale como ingresso, a ser distribuída
previamente pela Secretaria, os foliões terão direito, no dia do baile, a
lanche, transporte e diversão, com apresentação da Banda Show Bafo de Onça.

Fonte:
,

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sebos na era digital

Sites especializados ajudam na busca de livros usados ou raros, e são opção para economizar

Os sebos encontraram na internet uma aliada poderosa para continuarem sendo uma opção na busca de livros baratos, raros e, na maioria das vezes, conservados. Os internautas dispõem na rede várias opções onde podem garimpar obras literárias em todo o país. O site Estante Virtual é uma delas. Criado em 2005, já tem 1.619 sebos cadastrados em 307 cidades, e cerca de 5 milhões de livros. O site funciona como um mediador entre o comprador e o vendedor. Todas as negociações, como o preço do frete e detalhes sobre o estado de conservação dos livros, são feitas diretamente com o dono do sebo escolhido.

- É uma tendência do mercado que não dá para desprezar - afirma Cida Caldas, dona do Sebinho, um dos 27 estabelecimentos cadastrados pelo Estante Virtual no Distrito Federal.
Para o analista de sistemas Guilherme Ávila, 50 anos, um assíduo comprador via internet, o procedimento para adquirir livros é prático e confiável. No entanto, quando o assunto é a preferência entre as lojas físicas e as virtuais, ele desconversa.

- Às vezes, preferimos assistir a um filme em casa, outras vezes, no cinema. Depende do momento também no caso dos sebos - afirma.

Dois outros sites oferecem o mesmo serviço, mas com menos opções de publicações e sebos. No Sebo OnLine, o usuário pode procurar entre 36 mil livros divididos por categorias. Já o SebosOnline.com conta com pesquisa em 300 estabelecimentos do Brasil, além de vender CDs, DVDs,VHS e até discos de vinil. As duas páginas na web realizam apenas a mediação entre os usuários, e não se responsabilizam pelas compras.

Na tentativa, de alertar o consumidor quanto aos maus prestadores de serviços, os sites oferecem um espaço para avaliações, onde os usuários podem deixar sua opinião sobre o serviço prestado. Ao receberem as notas, os donos dos sebos podem agradecer e responder às reclamações dos consumidores.

Para quem não quer gastar, mas pretende se desfazer ou trocar obras com outras pessoas, há sites como o Trocando Livros, em que os usuários relacionam as itens que têm interesse em trocar. São permitidos apenas livros em bom estado de conservação. Quando outro usuário se interessar pelas obras cadastradas, o sistema envia um e-mail com todas as instruções para o envio do pedido. Em seguida, basta entrar no site e confirmar a remessa do produto. Com isso, o internauta ganha um crédito e poderá requisitar o livro de outra pessoa.

Correio Braziliense

Onde pesquisar

Veja alguns dos principais sites brasileiros para pesquisa em sebos:

- Estante Virtual:
www.estantevirtual.com.br

- Sebo OnLine:
www.sebol.com.br

- SebosOnline.com:
www.sebosonline.com

- Trocando Livros:
www.trocandolivros.com.br

Compre com segurança

Como os sites servem apenas de mediadores entre os usuários e os estabelecimentos comerciais, os consumidores devem ficar atentos para fazer uma compra segura. Confira as dicas:

- Imprima todas as fotos do produto

- Preste atenção na informação oferecida a respeito do produto

- Além do e-mail, é importante verificar se a loja oferece outros meios para poder encontrá-la, como telefone, endereço e número de fax

- Imprima todos os procedimentos realizados para a compra e evite pagar antecipadamente

- Cuidado com o preço final das ofertas, porque, na maioria das vezes,não está incluído o valor do frete

- Preste muita atenção e imprima as regras de restituição, pagamentos,devolução, frete, negociação e prazo de entrega

- O consumidor tem direito a desistir da compra em um prazo de sete dias após o recebimento da mercadoria, sem precisar justificar sua decisão,tendo direito à devolução de todo o valor pago

06 de janeiro de 2010