quinta-feira, 1 de novembro de 2012

MATERNIDADE E DEFICIÊNCIA- ENTREVISTA DE CINTHYA PEREIRA FREITAS VICE PRESIDENTE DA ADVERJ À TV BRASIL

Cinthya Pereira Freitas, 1ª Vice Presidente da ADVERJ, fala sobre maternidade e deficiência e conta sua experiência na qualidade de mãe e pessoa com deficiência visual. Sua filha é Maria Eduarda que tem 10 anos e a possui uma relação de grande parceria. Segue abaixo o link com a matéria da TV Brasil que foi veiculada terça-feira, 30 de outubro de 2012 no Repórter Brasil. http://tvbrasil.ebc.com.br/reporterbrasil-noite/episodio/gravidez-de-mulheres-deficientes-ajuda-a-superar-diferencas#media-youtube-1

sexta-feira, 19 de outubro de 2012


TVE é a primeira emissora brasileira a transmitir quadro fixo
apresentado por jornalista com baixa visão

17/10/2012

O Cidadania, transmitido ao vivo pela TVE nas segundas, quartas e
sextas, às 19h, é o primeiro programa da televisão brasileira aberta a
ter um quadro comandado por apresentadora com baixa visão. Com novo
formato e abordagem ampla de conteúdos, o Cidadania reestreou em
setembro, incluindo em sua pauta a acessibilidade, tema abordado pela
jornalista e mestre em Letras Mariana Baierle. "Quero que as pessoas me
enxerguem além da minha deficiência visual, pois ela é apenas uma das
minhas características. Acima de tudo sou amiga, jornalista, colega,
como qualquer outra pessoa. A baixa visão não sou eu inteira", declara
Mariana.

Para o presidente da Fundação Cultural Piratini, Pedro Luiz da Silveira
Osório, "a radiodifusão pública não pode ficar alheia à realidade das
pessoas com deficiência. Temos obrigação de abordar o assunto e promover
o acesso à informação e a discussão sobre essa temática." De acordo com
dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(Ibge), no Rio Grande do Sul existem 1.900.134 milhão de pessoas com
deficiência visual (17% da população), 617.244 mil pessoas com
deficiência auditiva (5,7% da população), 818.450 mil pessoas com
deficiência motora (7,6% da população), e 162.792 mil pessoas com
deficiência intelectual (1,52% da população), totalizando 3.799.120
milhões de pessoas com deficiência (35,5% da população no RS).

A TVE vem tomando iniciativas que promovam a acessibilidade a partir da
assinatura de um termo de cooperação técnica com a Federação de
Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para PPDs e PPAHs no
RS (Faders) em 2011. Desde lá, a emissora passou a ter intérprete de
Língua Brasileira de Sinais (Libras) no programa Viva Bem, transmite o
programa Faça a Diferença, da TV Assembleia, e apresenta o Jornal
Visual, em rede com a TV Brasil.

Estas ações visam garantir o cumprimento das diretrizes preconizadas na
Convenção da ONU que trata dos direitos da pessoa com deficiência e na
Lei 13.320 de 21 de dezembro de 2009. Também é diretriz das emissoras
públicas do Rio Grande do Sul contribuir para que os temas relacionados
à acessibilidade entrem na pauta e na agenda do público.

Fonte: Comunicação Social TVE <http://www.tve.com.br/>
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quarta-feira, 19 de setembro de 2012


 

Nota Pública de Esclarecimento à população da Cidade do Rio de Janeiro

     A Associação dos Deficientes Visuais do Estado do Rio de Janeiro, ADVERJ, vem a público manifestar sua indignação à atitude arbitrária e unilateral do Governo Municipal da Cidade do Rio de Janeiro, manifestada pela Subsecretária da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, que, durante a realização da III Conferência Estadual dos Direitos das Pessoas com Deficiência, abriu mão das doze vagas (6 Governamentais e 6 da Sociedade Civil) de Delegados para a III Conferência Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência a ser realizada em dezembro, em Brasília, que deveriam ser preenchidas por Delegados do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência - Comdef-Rio.

     Tal atitude descabida atenta contra os interesses do Movimento Social da Cidade do Rio de Janeiro e representa um retrocesso às políticas públicas voltadas para o segmento, bem como uma retaliação à ADVERJ, que exerceu a Presidência do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência - Comdef-Rio na última Gestão, enfrentando diversos obstáculos para o pleno exercício do Controle Social.

     A ADVERJ considera que, ao abrir mão das vagas do Conselho do Rio em favor de outros Municípios, de forma atabalhoada e sem poderes para tal, a Subsecretária, agindo como porta-voz do descaso com os Movimentos Sociais da Cidade, deu demonstrações claras quanto à falta de compromisso da Prefeitura do Rio de Janeiro com as Pessoas com Deficiência da cidade. Não obstante reconhecermos a importância que tal medida favoreça Municípios menos abastados de recursos públicos, não se pode prescindir da presença dos militantes da Capital Fluminense na III Conferência Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência.

     Ademais, a Cidade do Rio de Janeiro é reconhecidamente a penúltima cidade em qualidade de calçadas e rampas, bem como, promoveu significativas mudanças no transporte público de ônibus, com a unificação de suas cores, sem consulta prévia ao Conselho e ao Movimento Social, o que prejudica, não só as Pessoas com Baixa Visão, como Idosos, Estudantes e Analfabetos.

     Além disso, o pouco caso com acessibilidade é a marca da gestão municipal. A falta de estrutura e o desperdício de dinheiro público é tamanho, que a Prefeitura sequer fornece material acessível, em Braille, para os Conselheiros com deficiência visual
exercerem sua função pública de controle social, ressaltando que a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência mantém impressoras braille caríssimas desativadas.

     Registramos, outrossim, e vimos a público denunciar que o Governo Municipal não apresenta os programas e projetos relacionados às pessoas com deficiência ao respectivo Conselho Municipal para que possa opinar e construir coletivamente as políticas públicas e exercer adequadamente o Controle Social, que é a sua atividade precípua.

     Neste sentido, consideramos que os entraves que obstruem a plena participação das Pessoas com Deficiência ultrapassam as questões geográficas e partem para uma ação deliberada e coordenada para retaliar quem efetivamente cumpre seu papel e exerce o Controle Social. Por tal motivo e por considerar o Movimento Social importante no protagonismo da luta pelos Direitos das Pessoas com Deficiência, a ADVERJ vem a público REPUDIAR as recentes condutas praticadas pelo Governo Municipal do Rio de Janeiro.

Rio de Janeiro, 18 de setembro de 2012


Márcio Castro de Aguiar
Presidente