sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

informativo eletrônico ulac - 21/12/11

Noticiero electrónico de la UMC, 21 de diciembre de 2011

Les presentamos nuestro noticiero con las novedades y actividades de última hora.

Les informamos que la oficina de la UMC va a estar cerrada a partir del 23 de diciembre, durante el período de las fiestas de Navidad; las tareas se reiniciarán al comienzo del nuevo año, el lunes 2 de enero. Deseamos a todos nuestros amigos y miembros muchas felicidades. ¡Esperamos verlos a muchos de ustedes, el año que viene, en la Asamblea General de la UMC!

ü Se ha creado un nuevo bastón blanco que funciona junto con un GPS y otras innovaciones tecnológicas para ampliar la forma en que los usuarios ciegos pueden desplazarse en el mundo. Este instrumento ganó la Distinción Dyson al diseño. Encontrarán más detalles en el siguiente enlace: http://www.fastcoexist.com/1678887/a-cane-for-the-blind-improves-social-interactions-sunday-strolls

ü Ahmad Harara perdió la vista durante las protestas en Egipto. Se ha convertido en un héroe en su país por defender sus derechos, ya que continúa uniéndose a las multitudes que plantean sus reclamaciones en Tahrir Square. http://www.alarabiya.net/articles/2011/11/28/179668.html

ü Sightsavers trabaja desde 1973 en Bangladesh para restituir la vista a los habitantes más vulnerables del país, pues hay más de 600.000 personas ciegas por cataratas pendientes de tratamiento. Más informaciones: http://www.ft.com/intl/cms/s/2/66839ece-15ec-11e1-b4b1-00144feabdc0.html?ftcamp=rss#axzz1frUI1mSS

ü ¿Sabía Ud. que el 54% de la población mundial se ve aquejada por defectos de refracción? Sin embargo, en 1997, en el informe de Prioridades Globales en Materia de Ceguera de la Organización Mundial de la Salud, inicialmente no se los incluía como una de las principales causas de discapacidad visual. Puede leerse más sobre este tema en la entrevista que Brien Holden concedió a Express Healthcare: http://www.expresshealthcare.in/201112/market03.shtml

ü UNESCAP, en colaboración con Discapacidad Leonard Cheshire, organizará la “Conferencia sobre la Inclusión de la Discapacidad en las Metas de Desarrollo del Milenio y la Eficiencia de la Ayuda”, del 12 al 14 de marzo, en Bangkok (Tailandia). Es la segunda de una serie de foros globales que reúnen agencias de la ONU, organizaciones de personas con discapacidad y académicos. Más informaciones en: http://www.lcint.org/?lid=5732

ü La Asociación de Profesionales de la Rehabilitación de la INDIA (IARP) va a ser anfitriona de una conferencia sobre Desarrollo Inclusivo, en Nueva Delhi (India), del 17 al 19 de marzo. Se pueden encontrar más informaciones en el sitio web de IARP: www.iarpdelhincr.org

ü La Conferencia de Salud Global e Innovación es el principal encuentro mundial sobre este tema y el empresariado social; tendrá lugar en New Haven, CT (Universidad de Yale) y asistirán 2.200 personas de los EEUU y otros 55 países, los días 21 y 22 de abril de 2012 con el patrocinio de Unite for Sight (Unirse por la Vista). Reunirá expertos y participantes de los campos de la salud global, el desarrollo internacional y el empresariado social: http://www.uniteforsight.org/conference/

ü Conferencia 2012 de la Asociación para la Investigación sobre la Vista y la Oftalmología (ARVO): Investigación traslacional - tender puentes entre los descubrimientos científicos y el tratamiento de las afecciones visuales. Las reuniones anuales de ARVO van a tener lugar del 6 al 10 de mayo en Fort Lauderdale, Fla. Es la reunión mundial más grande de los investigadores internacionales sobre el ojo y la visión. Promoverá la colaboración entre los científicos para explorar cómo se pueden trasladar sus resultados a la prevención eficaz, el diagnóstico y el tratamiento. Más detalles en: http://www.arvo.org/sites/annual-meeting/2012

Anuncios de conferencias 2012 y enlaces:

13 a 17 de febrero: La Conferencia Internacional de Movilidad tendrá lugar en Palmerston North (Nueva Zelanda): www.imc14.com

27 a 29 de febrero: La V Asamblea General de la Unión Asiática de Ciegos (ABU) tendrá lugar en el Hotel City Park de Delhi (India). Para inscribirse visiten: http://www.abu2012.abunion.org/

11 a 16 de Marzo: VIII Asamblea General de ULAC, en la ciudad de México. Inscripciones en: http://www.ulacdigital.org/mexico2012.htm

15 a 18 de mayo: XV Congreso Internacional de Ciegos de Guerra - IKK, en Pretoria (Sudáfrica): www.ikk2012.org.za

17 a 20 de septiembre: IX Asamblea General de IAPB en Hyderabad (India). Encontrarán más detalles en: http://9ga.iapb.org/

8 y 9 de noviembre: VII Asamblea General de AFUB, Bangkok (Tailandia)

10 a 18 de Noviembre – Asambleas Generales de UMC/ICEVI, en Bangkok (Tailandia). Nuestro sitio web ya está en funcionamiento de modo que pueden informarse acerca de este emocionante encuentro en www.wbu-icevi2012.org

CONFERÊNCIA Sudi 2012 - SUSTAINABILITY & DISABILITY Sustentabilidade & ACESSIBILIDADE

CONFERÊNCIA Sudi 2012 - SUSTAINABILITY & DISABILITY

Sustentabilidade & ACESSIBILIDADE

SUDI 2012 Conference: (http://sudi.mgt.unm.edu)

12 e 13 de junho - Manaus, Brazil

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Conference Chair - Raul Gouvea
Coordinators in Brazil:
Regina Cohen, Cristiane Duarte e Izabel Maior
Núcleo Pró-Acesso
PROARQ/FAU/UFRJ

Tema: "Criação de empregos em uma economia verde."

Descrição:

A Economia Verde vai criar um ponto de inflexão na economia global, levando a uma nova geração de produtos verdes, serviços, tecnologias e inovações. A área indústria verde, serviços, agricultura e as economias vão exigir o desenvolvimento de novas competências, resultando na necessidade de treinamento e formação educacional. A reestruturação para a economia verde também exigirá uma redistribuição em grande escala de postos de trabalho nas indústrias. Empregos verdes serão gerados para oferecer produtos, serviços, tecnologias e inovações, exigindo a formação de novos empregos e qualificação profissional. Como resultado, o emprego profissional também deve aumentar. Assim, construir uma economia verde, inclusiva que gerar empregos para trabalhadores com necessidades especiais, ou para grupos minoritários, e criar oportunidades para tirar as pessoas da pobreza, propiciando geração de emprego e renda promovendo uma auto-suficiência econômica, constitui um dos principais desafios que permeiam a Iniciativa da Economia Verde. A Conferência Sudi 2012 abordará estratégias inclusivas para as populações em desvantagem para encontrar oportunidades de emprego nas demandas em constante mudança da força de trabalho da nova economia emergente verde. Conferência Sudi 2012

Tópicos

1. Oportunidades, desafios e barreiras que enfrentam as pessoas com necessidades especiais na nova economia verde. 2 Educação, formação, necessidades profissionais para a economia verde, como eles podem ser adaptados para pessoas com necessidades especiais. 3. Projetar programas de treinamento e oportunidades de emprego para pessoas com necessidades especiais na economia verde. 4. Garantir que pessoas com necessidades especiais sejam capazes de beneficiar a economia verde: a concepção de parcerias estratégicas com diferentes segmentos da sociedade, ambiente político e empresarial. 5. Criação de incentivos, políticas e práticas para aumentar a participação das pessoas com necessidades especiais na economia verde. 6. O papel do governo, setor privado, universidades, ONGs, organizações multilaterais, na criação de oportunidades para pessoas com necessidades especiais em uma economia verde. 7. Formulação de políticas para lidar com questões de deficiência nas comunidades nativas. 8. Desenho de estratégias de aquisição verde no governo e setor privado a incluir as empresas de propriedade de profissionais com necessidades especiais. 9. Acesso universal e estratégias de desenho universal em uma economia verde. 10. Cidades verdes e infraestrutura verde: planejamento e resposta às necessidades dos portadores de necessidades especiais. 11. Redução da pobreza em um contexto de economia verde. 12. Sustentabilidade ambiental. 13. Desenvolvimento econômico e social.

14.Estratégias inclusivas para a Copa do Mundo.

A advogada que mudou as regras para cegos usuários de cão-guia no Metrô de São Paulo

A advogada que mudou as regras para cegos usuários de cão-guia no Metrô de São Paulo

A primeira tentativa de melhorar o acesso para cegos nas estações do Metrô de São Paulo foi marcada por uma ironia – e por um fato que hoje parece bizarro. Em uma tarde de maio de 2000, os primeiros pisos táteis da rede começaram a ser instalados na Estação Marechal Deodoro (Linha 3-Vermelha), no centro. Na mesma tarde, na mesma estação, a advogada Thays Martinez, então com 27 anos, cega desde os 4, ficou conhecida no País inteiro: ela foi barrada, impedida de ultrapassar a catraca com seu novo e primeiro cão-guia, Boris. O Metrô proibia animais na rede, Boris teria de ficar na rua. Mesmo que estivesse ali a trabalho.

Foi o início de uma batalha jurídica que durou seis anos. E teve lances de desrespeito inimagináveis – como o do dia em que um funcionário desligou a escada rolante por onde desciam Boris e Thays, provocando um tranco que quase os derrubou. No final, a advogada ganhou na Justiça o direito de acesso irrestrito ao Metrô. E acabou mudando também as regras da companhia, que passou a aceitar cães-guia na rede.

Labrador treinado na ONG americana Leaders Dog for the Blind, Boris se aposentou em 2008, após memorizar, em 8 anos, mais de 200 caminhos na cidade. Em 2009, morreu. Thays, paulistana da Vila Leopoldina, zona oeste da capital, que teve sua cegueira causada por uma caxumba, agora já tem seu segundo cão-guia. Um labrador preto chamado Diesel. Ainda sente falta de Boris, mas entende as diferenças: o primeiro, decidido e “brilhante”; o segundo, manhoso e “uma graça”. Cada um com seu jeito de animá-la.

“O Diesel é solidário, fica triste junto. Aí, me forço a ficar alegre. Já o Boris pulava e mordia de leve, como que pedindo para não ficar assim (para baixo)”, conta Thays. “Não conseguia resistir.”

Livro. Para contar sua história e a do cão que mudou a forma como as instituições públicas veem a relação entre pessoas cegas e seus guias, a advogada lança nesta semana o livro Minha Vida com Boris (Editora Globo, 142 páginas). “Comecei a escrever no jardim do prédio, em 2005. É uma reflexão que estava dentro de mim e sabia que teria de contar”, disse Thays, que narra tudo a partir da infância – de quando sonhava em ter em casa um “cachorro grande”. “Só não sabia que representaria também minha independência.”

Quando ainda vivia na Vila Leopoldina, Thays e Boris caminhavam diariamente em volta de uma praça. Ele passou a conhecer o caminho, a desviar de árvores e buracos. Aos poucos, começaram a trotar. De repente, a correr. “Para quem sempre precisou de ajuda, correr é algo indescritível. É o tipo de liberdade a que todo deficiente tem direito.”

Em seu livro, Thays conta em detalhes o que sentia em relação ao cão – sentimentos, como uma inesperada vaidade, chegaram a surpreendê-la. Quando foi buscar o cão em Michigan (EUA), lembra de ter tomado um banho “de lavar a alma”. Depois, demorou a decidir a melhor roupa. “Confesso que, por uma fração de segundo, pensei que poderia estar sendo um pouco ridícula, mas nunca se sabe os critérios caninos…”, escreveu, com bom humor. “No fim, deu certo. O Boris nunca reclamou”, brincou, durante entrevista na quinta-feira.

Praia. Além da descrição detalhada do processo com o Metrô – como as ironias que enfrentou de advogados da companhia, que diziam não impedi-la de entrar, “só o cachorro” -, Thays fala também das pequenas alegrias do convívio com o animal. Como a primeira vez em que caminhou na praia sozinha, em Peruíbe, no litoral sul. “Parecia sonho impossível, porque a praia, lugar amplo e sem referências, desorienta a pessoa cega. Mas, com o Boris, marcamos os quiosques como referenciais e conseguimos”, contou. “Tomamos até banho de mar.”

Thays voltou também a caminhar pela cidade. Boris conhecia como poucos os trajetos do centro velho, onde a advogada trabalhava. Hoje, com Diesel, dá expediente no Tribunal Regional do Trabalho. “Nunca me deixou bater nos obstáculos aéreos, como orelhões”, contou Thays, que fundou a ONG Iris, de auxílio a deficientes (já ajudou 24 pessoas a terem cães-guia). “Depois de tanta exposição, são poucos lugares que resistem a receber cães-guia. Alguns restaurantes e taxistas. Mas, explicando bem, quase sempre aceitam.”

Depois de Boris, Thays decidiu que pretende ter cães-guia “enquanto puder”. “Como a separação é difícil, pensei em voltar a ficar sozinha. Mas a liberdade e a alegria compartilhadas compensam”, disse. “Até a frase de que “cão-guia vira sua extensão” deixa de ser clichê. Quando o Boris se aposentou, me separei dele pela primeira vez. Um dia, acordei e joguei a mão para o lado, procurando. Parecia que nem meu braço estava ali.”

No processo de produção do livro, Thays fez uma única exigência – que fosse lançado em audiolivro junto com a edição impressa. “Para evitar que as pessoas cegas esperem meses por um livro disponível para todos os outros.” A obra será lançada nesta terça-feira na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Avenida Paulista, 2073), entre 18h30 e 20h30.

Fonte: Estadão