sábado, 22 de junho de 2013

Manifesto pelas Pessoas Cegas e com Baixa Visão

Manifesto pelas Pessoas Cegas e com Baixa Visão Na esteira das manifestações sociais legítimas, que ganham as ruas de várias cidades brasileiras, a Associação dos Deficientes Visuais do Estado do Rio de Janeiro - ADVERJ, entidade sem fins lucrativos, apartidária, que atua na defesa dos direitos das pessoas cegas e com baixa visão, vem a público para manifestar seu apoio às demonstrações pacíficas e democráticas, que espelham a vontade popular por mudanças paradigmáticas na forma de agir e pensar a nossa sociedade. Neste sentido, a ADVERJ reitera o seu compromisso com o anseio de construção de uma sociedade mais justa, humana e solidária, fazendo ressoar os ideais revolucionários de transformação que hoje invade as ruas e mora no coração de cada manifestante, dando publicidade e pedindo apoio para as seguintes lutas das pessoas cegas ou com baixa visão de todo o país: - Transporte público gratuito e de qualidade para todos, com a garantia da acessibilidade plena para as pessoas com deficiência; - Educação Inclusiva de qualidade, com respeito às diferenças e a dignidade do aluno com deficiência visual, com professores preparados e com um sistema educacional que respeite a individualidade e a vontade dos alunos e de seus familiares, inclusive com relação à escolha do modelo escolar a ser adotado na educação do indivíduo; - Audiodescrição nas TVs, cinemas, teatros e demais espetáculos culturais, para garantir o pleno acesso das pessoas cegas ou com baixa visão às informações não faladas; - Emprego digno para todos com respeito às diferenças, sem preconceitos e distinção quanto a salários e forma de contratação; Ciente que nem todas as reivindicações de um segmento cabem em um só documento, a Diretoria da ADVERJ solicita a ampla divulgação deste manifesto, além do pedido à sociedade brasileira que reconheça a pessoa cega ou com baixa visão como cidadão e como titular de direitos, capaz de enfrentar os desafios do cotidiano como qualquer pessoa, desde que respeitada a sua desigualdade inerente e garantida a acessibilidade como eixo fundamental de equidade de direitos. Rio de Janeiro, 20 de junho de 2013 A Diretoria da Associação dos Deficientes Visuais do Estado do Rio de Janeiro - ADVERJ Rua do Acre 51, s/1002, Centro, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20081-000 Tel: (21) 2233-1146 www.adverj.blogspot.com

sábado, 15 de junho de 2013

Crianças com deficiência têm menos acesso aos direitos básicos, segundo relatório do Unicef - See more at: http://www.viablog.org.br/criancas-com-deficiencia-tem-menos-acesso-aos-direitos-basicos-segundo-relatorio-do-unicef/#sthash.ibteFLhd.Qlcxos7e.dpuf

11 de junho de 2013 | por VIA blog | Categoria(s): Notícias Publicado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância – Unicef, o relatório Situação Mundial da Infância 2013 – Crianças com Deficiência, indica que crianças com deficiência têm menos oportunidades e menos acesso a recursos e serviços que as demais crianças. Conforme indicam as pesquisas realizadas pela organização, a exclusão se refere aos direitos básicos, como acesso à educação e à saúde. A estimativa do Unicef é de que 93 milhões de crianças no mundo, ou uma em cada 20 crianças com até 14 anos de idade, vivem com algum tipo de deficiência moderada ou grave – a definição de deficiência varia de país para país. Segundo o relatório do Unicef, “são poucos os países que dispõem de informações confiáveis sobre quantos de seus cidadãos são crianças com deficiência, quais são suas deficiências ou de que forma essas deficiências afetam suas vidas”. No relatório, o diretor executivo do Unicef, Anthony Lake, afirma que a oportunidade de participar simplesmente não existe para um número imenso de crianças com deficiência. “Com enorme frequência, crianças com deficiência estão entre as últimas a receber recursos e serviços, principalmente nos locais onde tais recursos e serviços já são escassos. Com enorme constância, são objeto simplesmente de pena ou, ainda pior, de discriminação e abusos.” Dados da Organização Mundial da Saúde – OMS apontam que, em países de baixa renda, apenas entre 5% e 15% das pessoas que necessitam de tecnologia assistiva conseguem obtê-la. Nesses países, segundo a Organização Internacional do Trabalho – OIT, os custos econômicos da deficiência variam entre 3% e 5% do Produto Interno Bruto – PIB. No Brasil, segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, 29 milhões de crianças com até 9 anos de idade têm algum tipo de deficiência. Em 2010, dentre os 409.202 atendidos por deficiência com até 18 anos pelo Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social – BPC, 53% estavam na escola. No ano de 2008, o percentual era de apenas 29%. “A inclusão ainda é um grande desafio no Brasil, que enfrenta a falta de programas, de tratamento especializado e de políticas públicas para o setor. Existem instituições que visam pura e simplesmente o acolhimento das crianças com deficiência, mas existem poucas instituições e serviços que trabalhem para a inclusão e desenvolvimento da autonomia dessas crianças”, explicou Ariel de Castro Alves, advogado, membro do Movimento Nacional de Direitos Humanos e conselheiro do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – Conanda. O Brasil lançou, em 2011, o programa Viver sem Limite, para cumprir a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas – ONU, documento ratificado pelo país que prevê a articulação de políticas governamentais de acesso à educação, inclusão social, atenção à saúde e acessibilidade. O programa prevê um investimento de R$ 7,6 bilhões até 2014. Acesse ao relatório na integra: http://www.unicef.org/brazil/pt/PT_SOWC2013.pdf Com informações Agência Brasil - See more at: http://www.viablog.org.br/criancas-com-deficiencia-tem-menos-acesso-aos-direitos-basicos-segundo-relatorio-do-unicef/#sthash.ibteFLhd.Qlcxos7e.dpuf fonte: http://www.viablog.org.br/criancas-com-deficiencia-tem-menos-acesso-aos-direitos-basicos-segundo-relatorio-do-unicef/

Televisão aberta passará a ter 4 horas de audiodescrição por semana

A partir do dia 1º de julho, as emissoras de TV aberta do Brasil serão obrigadas a manter em sua programação, durante 4 horas por semana, os recursos da audiodescrição. A determinação faz parte de uma portaria do Ministério das Comunicações. A exigência atual é de 2 horas semanais. Voltada às pessoas com deficiência visual, a audiodescrição é a descrição clara e objetiva de expressões faciais e corporais, informações sobre o ambiente, figurinos, efeitos especiais, mudanças de tempo e espaço, leitura de créditos, títulos e qualquer informação escrita na tela. O recurso surge entre os diálogos e nas pausas entre as informações sonoras, mas não se sobrepõe ao conteúdo relevante. Nos aparelhos novos, pode ser encontrado pela sigla AD no menu de configurações. Apesar de não haver determinação sobre horários ou tipos de programas, há uma boa expectativa de que essa ampliação seja distribuída em novelas, programas humorísticos, jornalísticos, esportivos, infantis, seriados e até nos intervalos comerciais, especialmente no horário nobre. "É um avanço na luta dos direitos da pessoa com deficiência no Brasil. Na Inglaterra, por exemplo, algumas emissoras já oferecem 50% da programação com audiodescrição, sendo que a lei exige 10%", diz Mauricio Santana, diretor da Iguale, empresa de comunicação de acessibilidade. No Censo IBGE 2010, cerca de 35 milhões de pessoas declararam ter algum tipo de deficiência visual. fonte: http://www.blogdaaudiodescricao.com.br/2013/06/tv-aberta-passara-ter-mais-audiodescricao.html?spref=fb