Nota Pública de Esclarecimento à população da
Cidade do Rio de Janeiro
A Associação dos Deficientes Visuais do Estado do Rio de Janeiro, ADVERJ, vem a público manifestar sua indignação à atitude arbitrária e unilateral do Governo Municipal da Cidade do Rio de Janeiro, manifestada pela Subsecretária da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, que, durante a realização da III Conferência Estadual dos Direitos das Pessoas com Deficiência, abriu mão das doze vagas (6 Governamentais e 6 da Sociedade Civil) de Delegados para a III Conferência Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência a ser realizada em dezembro, em Brasília, que deveriam ser preenchidas por Delegados do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência - Comdef-Rio.
A Associação dos Deficientes Visuais do Estado do Rio de Janeiro, ADVERJ, vem a público manifestar sua indignação à atitude arbitrária e unilateral do Governo Municipal da Cidade do Rio de Janeiro, manifestada pela Subsecretária da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, que, durante a realização da III Conferência Estadual dos Direitos das Pessoas com Deficiência, abriu mão das doze vagas (6 Governamentais e 6 da Sociedade Civil) de Delegados para a III Conferência Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência a ser realizada em dezembro, em Brasília, que deveriam ser preenchidas por Delegados do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência - Comdef-Rio.
Tal atitude descabida atenta contra os
interesses do Movimento Social da Cidade do Rio de Janeiro e representa um
retrocesso às políticas públicas voltadas para o segmento, bem como uma
retaliação à ADVERJ, que exerceu a Presidência do Conselho Municipal de Defesa
dos Direitos das Pessoas com Deficiência - Comdef-Rio na última Gestão,
enfrentando diversos obstáculos para o pleno exercício do Controle Social.
A ADVERJ considera que, ao abrir mão das
vagas do Conselho do Rio em favor de outros Municípios, de forma atabalhoada e
sem poderes para tal, a Subsecretária, agindo como porta-voz do descaso com os
Movimentos Sociais da Cidade, deu demonstrações claras quanto à falta de
compromisso da Prefeitura do Rio de Janeiro com as Pessoas com Deficiência da
cidade. Não obstante reconhecermos a importância que tal medida favoreça
Municípios menos abastados de recursos públicos, não se pode prescindir da
presença dos militantes da Capital Fluminense na III Conferência Nacional dos
Direitos das Pessoas com Deficiência.
Ademais, a Cidade do Rio de Janeiro é
reconhecidamente a penúltima cidade em qualidade de calçadas e rampas, bem
como, promoveu significativas mudanças no transporte público de ônibus, com a
unificação de suas cores, sem consulta prévia ao Conselho e ao Movimento
Social, o que prejudica, não só as Pessoas com Baixa Visão, como Idosos,
Estudantes e Analfabetos.
Além disso, o pouco caso com
acessibilidade é a marca da gestão municipal. A falta de estrutura e o
desperdício de dinheiro público é tamanho, que a Prefeitura sequer fornece
material acessível, em Braille, para os Conselheiros com deficiência visual
exercerem sua função
pública de controle social, ressaltando que a Secretaria Municipal da Pessoa
com Deficiência mantém impressoras braille caríssimas desativadas.
Registramos, outrossim, e vimos a público
denunciar que o Governo Municipal não apresenta os programas e projetos
relacionados às pessoas com deficiência ao respectivo Conselho Municipal para
que possa opinar e construir coletivamente as políticas públicas e exercer adequadamente
o Controle Social, que é a sua atividade precípua.
Neste sentido, consideramos que os
entraves que obstruem a plena participação das Pessoas com Deficiência
ultrapassam as questões geográficas e partem para uma ação deliberada e
coordenada para retaliar quem efetivamente cumpre seu papel e exerce o Controle
Social. Por tal motivo e por considerar o Movimento Social importante no
protagonismo da luta pelos Direitos das Pessoas com Deficiência, a ADVERJ vem a
público REPUDIAR as recentes condutas praticadas pelo Governo Municipal do Rio
de Janeiro.
Rio de Janeiro, 18 de setembro de 2012
Márcio Castro de Aguiar
Presidente