quinta-feira, 3 de junho de 2010

Cientistas suecos traduzem expressões faciais para Braile

Nova tecnologia permite que deficientes visuais interpretem expressões faciais por meio de estímulos vibratórios

Geek

Por Fabiana Baioni

Um grupo de cientistas da Universidade de Umeå, na Suécia, desenvolveu um sistema de codificação de expressões faciais para auxiliar deficientes visuais

a melhorar sua forma de comunicação com outras pessoas.

O estudo, chamado de "A Braile Code of Emotion" (O Códio Braile das Emoções, na tradução para o português) liderado pelo pesquisador Shafiq ur Réhman, uniu

uma webcam comum, um programa especial que identifica diferentes tipos de expressões, e um conjunto de pequenos vibradores, criando uma nova tecnologia

que permite aos deficientes visuais receberem estímulos sensoriais para cada expressão feita por outra pessoa durante um diálogo.

De acordo com a revista

PopSci

a nova tecnologia captura imagens de diferentes expressões faciais através da webcam e as transforma em padrões vibratórios. Cada vez que um usuário transparece

emoções correspondentes aquela expressão, o display tátil emite uma seqüência de vibrações característica, permitido que os deficientes visuais identifiquem

qual expressão acompanha aquele diálogo.

Segundo o site

Science Daily

em um primeiro momento, os usuários dessa tecnologia precisam treinar seu cérebro a interpretar os estímulos vibratórios. Para isso, é necessário que o

usuário sente diante de um computador equipado com o programa e emita diferentes expressões faciais. Cada vez que uma nova expressão é identificada, os

sensores emitem um padrão de estímulos, permitindo assim que quem esteja utilizando o programa absorva a nova informação. Os display tátil pode vir em

duas versões: adaptável ao ante-braço do usuário, ou como encosto de cadeira.

Para Réhman "os cegos compensam sua falta de visão melhorando outros sentidos, como audição e olfato, porém, é difícil interpretar emoções complexas apenas

ouvindo a voz de alguém", diz o pesquisador. A intenção da nova pesquisa é melhorar a experiência dos deficientes visuais no que diz respeito a interação

com outras pessoas.

O grupo trabalha agora numa maneira de tornar a tecnologia viável. A empresa

VideoAktAB

já patenteou a pesquisa e promete lançá-la ao mercado em breve.

Nenhum comentário:

Postar um comentário