quinta-feira, 27 de agosto de 2009

ADVERJ NEWS nº 01/2009

Rio de Janeiro, 26 de agosto de 2009


A ADVERJ inaugura uma nova era junto ao segmento de pessoas com deficiência visual criando o ADVERJ NEWS, instrumento com conteúdo informativo que tem por objetivo divulgar amplamente notícias, provocar reflexões, estimular o debate e se posicionar quanto aos diversos temas relacionados à pessoa com deficiência visual.



DIRETORES DA ADVERJ CONCEDEM ENTREVISTA AO JORNAL DO BRASIL


O Presidente em exercício, Luís Claudio Freitas, o 3º Vice Presidente Márcio Aguiar e a Diretora Cinthya Pereira concederam entrevista ao Jornal do Brasil e falaram sobre a falta de acessibilidade em restaurantes, bem como se posicionaram sobre a necessidade de se conferir autonomia e vida independente às pessoas com deficiência. Lembraram sobre a necessidade do exercício da cidadania e do perigo da superproteção da família.

Confira a matéria publicada no Jornal do Brasil em 16/08/09.

Fonte: www.jbonline.com.br
19:23 - 15/08/2009


Deficientes visuais reivindicam direitos para exercer cidadania plena

Márcia Viera, Jornal do Brasil

RIO - O tradicional Garota da Urca reúne sempre um grupo de frequentadores muito especiais. Os amigos, Luis Claudio Freitas, 30 anos, Cinthya Pereira, 34, e Márcio Aguiar, mesma idade, quando podem batem ponto por lá. O motivo é simples: além do bom atendimento, o restaurante é um dos poucos na cidade que oferece cardápio em linguagem braile, apesar de ser uma lei municipal. Sem ele, os deficientes visuais precisam ter paciência de Jó para serem atendidos em qualquer estabelecimento. Os garçons, em sua maioria, evitam em atendê-los por puro preconceito. Um comportamento que inibe muitos na hora de exercerem a sua cidadania.
– Muitas vezes, temos que contar com a boa vontade do garçom e ter muita paciência– reclama a professora de inglês Cinthya Pereira, que perdeu a visão aos 25 anos por diabetes, e que aprendeu alguns macetes para ser atendida. – Eu pergunto se ele vai ser o responsável pelo atendimento da nossa mesa e digo que não temos como vê-lo. Normalmente funciona.
Mas nem sempre a noite termina com um final feliz. A falta de treinamento dos garçons faz com que muita gente fique em casa.
– O radinho de pilha ainda é o maior companheiro do cego – ressalta o técnico judiciário Márcio Aguiar, que só enxerga vultos. – Para mudar isso, é preciso quebrar as barreiras que nos impedem de levar uma vida normal.
Família pode ser vilã
Mas muitas vezes a maior barreira começa em casa.
– A família atrapalha, esconde o deficiente visual– ressalta o presidente em exercício da Adverj (Associação dos Deficientes Visuais do Rio de Janeiro), Luis Claudio, que vê pouco e com um olho apenas.
Opinião que é compartilha por Cinthya:
– Eles acham que nos protegem, mas no fundo nos aniquilam.
A superproteção da família, segundo Márcio Aguiar, se deve ao medo de que a limitação possa machucar o deficiente quando ele sai de casa.
– É preciso tocar o coração das pessoas. Nós temos o direito de ir e vir, de ter acesso à informação, de trabalhar, de nos alfabetizar. Mas par isso precisamos sair de casa – desabafa Márcio.
Mas a vida dessas pessoas seria menos árida se a legislação fosse cumprida à risca. A construção de uma pequena rampa pode evitar um tombo certo. A solidariedade pode ajudar um deficiente visual a atravessar a rua na hora do rush ou num dia de chuva. Exemplos de gentileza urbana e não de piedade ou compaixão.
– O carioca é legal, ajuda bastante, mas com pena – ressalta Márcio.
E pena é justamente o que 25 milhões de brasileiros, que sofrem de algum tipo de deficiência, não querem.
O dia-a-dia mostra, por exemplo, que essas pessoas estão muito longe da fragilidade que se imagina. Eles convivem, desde cedo, com um mundo cercado de escuridão e de obstáculos invisíveis. Mas nem por isso deixam de ir ao supermercado, comprar roupas no shopping ou trabalhar.
– O ato de sair de casa todos os dias, com toda a insegurança que nos cerca, com todos os preconceitos e perigos, é um ato político, heróico – ressalta Márcio.
E o principal agente transformador de todo esse processo é o próprio deficiente.
– Buscamos o respeito à diversidade, mas a principal postura tem que partir da gente. Temos o poder se modificar esse processo, mas para isso não podemos abrir mão da nossa cidadania – analisa Luis Claudio.



No Jornal do Brasil, (16/08/09 – pág A 15) há foto com Luís Claudio Freitas (Presidente em exercício da ADVERJ), Márcio Aguiar (3º Vice Presidente) e Cinthya Pereira (Diretora) sendo que os últimos lêem o cardápio em braille e o garçom anota os pedidos.


ADVERJ SE FAZ PRESENTE EM EVENTO SOBRE ACESSIBILIDADE NO CREA-RJ


O Presidente em exercício Luís Claudio Freitas e a Diretora Cinthya Pereira compareceram ao evento sobre acessibilidade e a aplicação do Decreto nº 5296/04 realizado no sábado, dia 22 de agosto de 2009, na sede do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro.

O encontro foi voltado basicamente para engenheiros, arquitetos e inspetores do CREA-RJ. No entanto, a convite do citado órgão de classe, a ADVERJ compareceu para participar aprendendo e contribuindo com sugestões sobre questão tão importante para as pessoas com deficiência.

O evento contou com a presença do Presidente do CREA-RJ, Engenheiro Agrônomo Dr. Agostinho Guerreiro, Dr Renato Baena da Secretaria Muçnicipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Alex Araújo, Subsecretário Municipal da Pessoa com Deficiência do Rio de Janeiro, Alexandre Magnavita, Chefe do Escritório de Advocacia do IBDD e Drª Regina Cohen, Professora, Doutora e coordenadora do Núcleo ProAcesso da UFRJ.

Os dirigentes da ADVERJ se posicionaram apontando a necessidade de se discutir o conceito de acessibilidade de forma ampla levando-se em consideração as pessoas com deficiência visual. Registraram que além de piso baixo e elevadores em ônibus, por exemplo, faz-se necessária a padronização da colocação de validadores, de portas de saída, sinalização sonora, etc.

Ademais, pontuaram o fato de que além disso, a colocação de sinalização sonora, pisos táteis direcionais e de alerta são medidas que tornariam a cidade mais acessível e inclusiva. Outro ponto registrado foi o do impedimento, em muitos casos, de acesso aos modais de transporte das pessoas com direito à gratuidade.

O evento teve importância significativa para discutir questões de necessidade premente das pessoas com deficiência e o CREA-RJ deve ser parabenizado por tal iniciativa.


ADVERJ PRESTIGIA FUNDAÇÃO DE ENTIDADE ASSOCIATIVA EM RIO DAS OSTRAS


O 2º Vice Presidente Márcio de Souza esteve presente na fundação da ASSOCIAÇÃO RIOOSTRENSE DE CEGOS PROFESSOR EDSON RIBEIRO LEMOS em 22 de agosto de 2009. O evento contou com a presença do Professor Hersen Hildebrandt, Presidnete da Associação dos Ex-Alunos do IBC, José Maria Bernardo, Presidente do Conselho Brasileiro para o Bem Estar do Cego, Marcos Passos, Presidente da Associação Macaense de Cegos - AMAC denre outros.

A entidade será presidida pelo suíço Flamínio Malfanti que já vive no Brasil há muitos anos. A fundação da entidade associativa é extremamente importante devido à pequena representação do segmento na Região dos Lagos e teve apoio da ADVERJ especialmente através da associada Marlene Santiago Chaves.


VASCO DA GAMA ADERE À CAMPANHA DA ACESSIBILIDADE DO CONADE


O Vasco da Gama aderiu à campanha de acessibilidade promovida pelo Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência – CONADE. O ato realizou-se em São Januário em jogo contra o Campinense pela Série B do Campeonato Brasileiro em 08 de agosto de 2009.

Uma bandeira gigante com a expressão “ACESSIBILIDADE – SIGA ESSA IDÉIA” foi estendida no gramado por um grupo de pessoas com deficiência e outro grupo realizou a volta olímpica. Foi um grande momento de celebração em defesa da acessibilidade contando com a transmissão da TV e com a participação de dezoito mil torcedores. A Diretoria da ADVERJ participou ativamente do evento com a presença de Alexandre Braga, Luís Claudio Freitas, Márcio de Souza, Márcio Aguiar, Cinthya Pereira, Alessandro Câmara e do Conselheiro Fiscal Marlon Haus.


DIRETORA DA ADVERJ É NOMEADA ADVOGADA DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL


A Diretora Iane Rios Esquerdo, 2ª Tesoureira da ADVERJ foi aprovada em concurso público para Advogada da Caixa Econômica Federal e nomeada em 10 de agosto de 2009 e ira exercer suas funções em Volta Redonda.

Iane Rios tem 31 anos e é advogada há seis anos. Atuou na AIM Brasil Consultoria e no escritório de advocacia Faoro Advogados. Graduou-se pela Universidade Federal Fluminense em 2002 e concluiu recentemente curso de pós graduação em Direito.

Iane contribui com a ADVERJ desde 2007 assessorando juridicamente a Diretoria em seus projetos e passou a integrar os quadros diretivos da entidade em junho deste ano quando da posse da nova gestão.

A Diretoria parabeniza a nobre colega que sempre se mostrou uma grande companheira na luta pelos direitos das pessoas com deficiência apesar de não tê-la.

Edição: Luís Claudio Freitas e Cinthya Pereira
A ADVERJ CONVIDA A TODOS PARA CONHECEREM SEU SEU TRABALHO.
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Um comentário:

  1. Estou muito contente por esta nova atitude da associação. A onheci quando era ainda um adolescente e cheguei a representá-la em torneios de natação, Porém, ela ficou inativa por muitos anos e agora desejo de coração que não perca mais seus objetivos, que sei que foram melhorados. Esta atuação de esclarecimento é de fundamental importância par nós e para os "dito normais".
    Esrão de parabéns. Colocom=me a disposição.
    Gilberto Fernandes Neto
    e-mail: kegi_tatalu@yahoo.com.br

    QUE DEUS ABENÇOI A TODOS.

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