quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Cidade é referência no tratamento de glaucoma

O glaucoma é uma doença ocular que representa uma das principais causas de cegueira irreversível no mundo. Cerca de 3% da população três-lagoense, o que corresponde
a aproximadamente 2,7 mil pessoas, acima de 40 anos, têm sua visão ameaçada por esta doença. Se detectada precocemente, a cegueira secundária ao glaucoma pode ser
evitada. A doença crônica dos olhos não tem cura, mas na maioria dos casos pode ser controlada com tratamento adequado e contínuo.
Referência no tratamento, Três Lagoas é uma das poucas no Brasil a realizar a “Cirurgia Não Penetrante”, relativamente nova. Esta é uma intervenção menos evasiva,
onde o risco de infecção é nulo e a recuperação é mais rápida, leva de uma a duas semanas. Em Mato Grosso do Sul ela também é realizada em Campo Grande.
Segundo o especialista em glaucoma e doutor em oftalmologia, Luiz Fernando Martim, a doença pode destruir gradativamente a visão. “Como é assintomática a pessoa
não percebe sua progressão. Aos poucos vai perdendo o campo visual. A doença nada mais é do que um acúmulo de líquido em um espaço pequeno, onde as intervenções
servem para drenar e diminuir a pressão”, explica.
A pressão intra-ocular não tem um padrão normal individualizado, mas, geralmente é medida de 9 a 21. “Não podemos precisar já que cada organismo se adapta a uma
pressão. É mais comum as pessoas sofrerem pela alta do que pela baixa”.
Outro tipo de cirurgia é a convencional, uma das mais usadas. Ela atua como uma drenagem do liquido e leva em média 30 minutos para ser feita. “É um cirurgia que
leva de duas a três semanas de recuperação. O objetivo principal é cessar o uso de colírio. Muitos pacientes, por serem idosos têm dificuldade no momento de pingar,
por isso, em alguns casos recomendamos a cirurgia. Já que o tratamento feito de forma incorreta também pode levar à cegueira”, explicou.
O perigo está justamente no fato das pessoas geralmente não sentirem dor. “Raramente elas notam os referidos pontos cegos. Alguns tipos evoluem rapidamente, outros
levam anos e a pessoa só percebe quando o dano é considerável e irreversível. Se todo o nervo for destruído, isto resultará na cegueira definitiva”, explica o médico.
Não existe uma causa única responsável pelo glaucoma, e sim vários fatores de risco para a doença. O principal deles é o aumento da pressão intra-ocular. Segundo
o especialista, a doença é hereditária e quem tem um familiar com glaucoma tem 50% mais chances de ter a doença. “Hoje o tratamento é muito avançado e a partir do
momento que é diagnosticado pode ser tratado, mas não curado. Geralmente um olho é mais afetado que o outro. É uma doença ingrata, diferente da catarata. No glaucoma
conseguimos apenas estabilizar”.
Existem tipos diferentes de glaucoma, entre eles, o glaucoma de ângulo aberto, o de ângulo fechado, o congênito e o secundário.

fonte: http://www.jptl.com.br/?pag=ver_noticia&id=13656

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