quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Tela é novo desafio para engenheiro

Miguel Helft, do New York Times

T. V. Raman (*emacspeak.sourceforge.net/raman*)
foi uma criança estudiosa que desenvolveu amor por matemática e charadas
logo cedo. E a paixão não mudou quando um glaucoma levou sua visão aos 14
anos. Mudou o papel da tecnologia em ajudá-lo a atingir metas.
Raman agora é um respeitado especialista em computação e engenheiro do
Google.

No caminho, ele construiu uma série de ferramentas para ajudá-lo a tirar
vantagem de objetos que não haviam sido desenhados para cegos. Ele criou
desde um cubo de Rubik coberto de sinais em braile até um programa que lê
complexas fórmulas de matemática.
O próximo passo do engenheiro é tentar adaptar os celulares com tela
sensível ao toque.
Sem botões para guiar os dedos, o celular touch- screen pode parecer um
desafio assustador, mas o engenheiro diz que os aparelhos podem ajudar os
deficientes visuais a navegar pelo mundo. "O celular poderia dizer "ande
para frente 200 metros e você chegará no cruzamento"."
Para mostrar seu progresso no trabalho com smartphones, ele puxa o seu
aparelho com tela sensível ao toque, que funciona com o Android. O celular
já tem com um programa leitor de tela, e agora ele e seu colega Charles Chen
estão desenvolvendo maneiras de permitir que deficientes visuais possam
digitar textos, números e comandos pela tela. Isso deve complementar os
sistemas de reconhecimento de voz, nem sempre confiáveis.
Já que não pode digitar precisamente, Raman criou um discador que funciona
com posições relativas. O programa interpreta o lugar que Raman toca
primeiro como sendo o número cinco (o centro de um discador normal). Para
digitar outro número, ele desliza o dedo em direção à posição esperada do
próximo dígito.

Fonte: Folha de São Paulo - Suplemento de Informática - 27/01/2010

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